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domingo, 6 de novembro de 2011

Flash Point: Fire Rescue

Por Neoiconoclasta do blog Strategos

Faça parte de uma brigada de bombeiros combatendo incêndios.


Os jogos de tabuleiro não param de me surpreender. Flash Point: Fire Rescue me fez lembrar de duas situações. A primeira foi em março durante o Eurogames Manaus no Saraiva Megastore. Um garoto estava jogando Carcassonne é o pai que observava começou uma conversa me perguntando:
- Para que serve esse jogo?
Eu devolvi a pergunta:
-Como assim?
Ele continuou:
-O que o meu filho ganha jogando isso?
-Bem...O objetivo do jogo é ser uma atividade de lazer. Vendo de uma forma prática, ele não ganha nada. Da mesma forma que ele não ganha nada jogando videogame ou assistindo televisão. Porém, se o senhor for analisar de uma forma mais didática, todos os jogos de tabuleiro incentivam a interação entre os participantes e, dependendo do jogo podem servir de incentivo a leitura, a busca de informações sobre o tema abordado no jogo ou até como uma fonte de interesse sobre uma profissão, pois os jogos de tabuleiro importados tem uma variedade gigantesca e abordam praticamente todos os temas.
- E tem jogos que falam sobre medicina? (Obviamente querendo incentivar o filho a seguir a carreira dele).
-Tem sim. Um dos eurogames mais famosos é o Pandemic que mostra o trabalho de uma equipe de saúde tentando deter o avanço de uma epidemia pelo mundo.

CO² do designer português Vital Lacerda

O outro caso recente foi o de uma professora de química que procurou tentando adquirir o
Jogo do Petróleo, que ela pretendia usar em uma atividade com os alunos. Quando eu expliquei que era um jogo muito antigo e difícil de conseguir, ela me questionou se haviam jogos recentes que abordassem temas de física. Na hora eu falei sobre o Black Gold, que tem uma temática parecida com o Jogo do Petróleo e o Power Grid, que fala sobre geração de energia. Fiquei de ver outros títulos e acabei descobrindo o CO² (ainda em fase de desenvolvimento).

Os dois casos mostram um dos maiores atrativos dos jogos de tabuleiro: a diversidade. Por mais que conheçamos os títulos sempre surge algo novo e diferente para agradar até os gostos mais específicos. Tenho notado isso claramente com minhas vendas. A maioria das pessoas que me procuram não vem atrás de títulos badalados como 7 Wonders e Small Word, mas de jogos obscuros e com temáticas bem diferente.

Tudo isso nos leva a Flash Point: Fire Rescue (mais um jogo lançado pela plataforma Kickstarter).

Flash Point é um jogo cooperativo onde cada jogador é um membro de uma mesma equipe de bombeiros. Literalmente: Ou todos ganham ou todos perdem.

A cada turno, os participantes tem que lidar com a tensão de combater um incêndio como: acionar ambulâncias para atender os feridos e operar os equipamentos da equipe para tentar controlar as chamas.

Outro ponto forte do título é a sua versatilidade. O jogo tem três formatos de regras e três níveis de dificuldade.

Flash Point: Fire Rescue

O jogo já está a venda e pode ter de 2 a 6 participantes (há uma versão solo). A duração média é de 45 minutos e a recomendação é para pessoas a partir de 10 anos.

Flash Point: Fire Rescue é um jogo de Kevin Lanzing.

(fonte)


sábado, 22 de outubro de 2011

Nile Deluxor

Por neoiconoclasta do blog Strategos

Um jogo sobre agricultura no Egito Antigo.



Nile é uma criação de Daniel Callister e James Mathe (Those Pesky Humans!). Cada partida pode ser disputada por dois a seis jogadores e dura, em média 30 minutos. A idade sugerida é a partir de 8 anos. A arte de Chuck Whelon produziu carta que imitam as ilustrações egípcias e tornam o jogo bem agradável visualmente.
Nile Deluxor é divulgado pelo fabricante como uma expansão do jogo Nile, mas muitos tem se referido a ele como uma substituição ao jogo antigo, já que ele trás tudo que o antigo tem e mais uma expansão (Parecido com a versão de Citadels da Fantasy Flight, que já vem com a expansão: Dark City).
O jogo simula as plantações e colheitas no Antigo Egito. É claro que o Rio Nilo transbordará e alagará suas margens, logo você deve se esforçar em colher mais do que seus oponentes para não perder sua safra.


Durante cada partida, você deve investir em agropecuária, pois, para ganhar, precisa colher uma variedade e quantidade maior de bens que seus adversários. Isso será determinado pela cultura com o menor número de produtos que você tenha. Então se você possuir 3 linhos, 2 castores, um trigo e nenhum legume e o outro jogador possuir 3 linhos, 3 castores, 3 legumes e 2 trigos, ele ganha.
0 legumes é menos que 2 trigos. Para começar o jogo, são distribuidas 5 (cinco) cartas para cada jogador. No seu turno, revele a carta do topo do deck. Essa será a carta da inundação. Se você possuir um campo que combine com a carta de inundação, você acrescenta um bem desse tipo à sua pilha de estoque.
Além disso, culturas do tipo da carta de inundação não podem ser plantadas. Depois você pode trocar cartas da sua mão e/ou pilha de estoque. Existem dois tipos de troca. No primeiro, você pode trocar duas cartas por uma da pilha de compra. No segundo, você tem a opção de pagar duas cartas para comprar uma nova carta de inundação, o que pode resultar em outra colheita e possivelmente mais trocas. Você pode trocar quantas vezes queira e em qualquer ordem.


Após trocar, você planta ou especula. Se você plantar, você pode acrescentar quantas carta estiverem disponíveis a campos já existentes que você possua. Para começar uma nova cultura, você deve investir pelo menos duas cartas daquele tipo de bem. A outra opção para adquirir novos campos é plantar exatamente 2 cartas de tipos diferentes. A última regra com relação à plantação é que você não pode iniciar uma cultura que um outro jogador já possua, a não ser que invista mais cartas daquele tipo do que ele, o que por consequência, leva o jogador em questão a perder os bens acumulados daquele tipo de cultura. As cartas de especulação possuem dois tipos de produtos descritos nelas e você pode guardar até duas delas no seu turno. Se a próxima inundação combinar com uma das culturas das suas cartas de inundação, você instantaneamente 3 cartas. Para terminar seu turno, compre dias cartas e então o jogador a sua esquerda começa o seu turno.
O jogo acaba quando vocês houverem passado por todo o deck um número de vezes igual ao número de jogadores.
Uma carta que necessita de uma menção a parte é Plague of Locusts. Ela elimina o maior campo em jogo e, óbvio, vai aparecer a cada vez que vocês passarem pelo deck. A expansão acrescenta rochas e monumentos ao jogo. As rochas são tratadas como culturas e são "plantadas" para construir um desses três monumentos: a Esfínge, que permite que você colha duas cartas de bens de uma só vez; o Obelisco, que abre a opção de comprar três cartas ao final do seu turno e A Muralha que faz com que os jogadores adversários possam "desplantar" ou "descontruir" algo que você possua, desde de que paguem 2 cartas por isso.


Um resumo rápido: Nile Deluxor é divertido, fácil de aprender e um ótimo filler. Você pode ensiná-lo rapidamente e jogar tão rápido quanto. Mesmo a expansão com os monumentos é simples e direta.
O manual é muito bem escrito mas você pode precisar dar uma olhada na seção de plantação algumas vezes, pois pode ser confuso a primeira vista. Você precisa ter certeza de que está investindo de forma diversificada já que ganhar depende da sua cultura menos cultivada.
Use as trocas e colheitas adicionais tentando conseguir uma quantidade adequada de cultura. Apesar de haver uma quantidade mais do que considerável de sorte no Nile Deluxor, suas decisões importam.

Se você está a procura de um bom filler para as suas game sessions de sábado, com decisões que importem e regras fáceis de aprender, com partidas rápidas e divertidas, Nile Deluxor vai de encontro a essas necessidades.

(fonte)