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terça-feira, 31 de julho de 2012

Curtas e quentinhas

Por Manuel Pombeiro

Balanço do Poder


A Catalyst Game Labs vai apresentar na GenCon 2012 o jogo Balance of Power, um jogo pós-napoleónico em que os jogadores tentam expandir os seus territórios na nova ordem europeia criada após a derrota de Napoleão.

StoryonBoard Magazine Issue # 2 já está pronto


A Portal Publishing já tem disponível para descarregares o PDF do número 2 do seu magazine StoryonBoard.

CO2 revisitado


O CO2 do português Vital Lacerda a ser apresentado na Essen 2012 pela Giochix tem novas imagens renderizadas da versão final:



(Fonte)

Seguindo o tema "Ludo ergo sum" (Jogo, logo existo), Manuel Pombeiro é português, fã de jogos de tabuleiro, jogos de guerra, miniaturas e mantem o blog Firepigeon.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Lançamentos 2012: CO2

Por Ricardo Stávale


Na década de 1970, os governos do mundo enfrentaram uma demanda sem precedentes para a energia, e usinas poluentes foram construídas em todos os lugares, a fim de atender a essa demanda. Ano após ano, a poluição aumentou, e ninguém fez nada para reduzi-la. Agora, o impacto desta poluição tornou-se grande demais, e a humanidade está começando a perceber que temos de atender às demandas de nossa energia através de fontes limpas.


Empresas com especialização em energia limpa e sustentável são chamadas para propor projetos que irão fornecer a energia necessária sem poluir o meio ambiente. Os governos regionais estão ansiosos para financiar esses projetos, e para investir em sua implementação.


Se a poluição não for interrompida, é game over para todos nós.

No jogo de CO ₂, cada jogador é o CEO de uma empresa de energia que precisa responder às solicitações do governo para novas usinas verdes. O objetivo é deter o aumento da poluição, enquanto atende a crescente demanda por energia sustentável - e, claro, lucrar com isso. O jogador vai precisar de bastante perícia, dinheiro e recursos para construir essas usinas limpas.


Em CO ₂, cada região começa com um determinado número de licenças de emissão de carbono (CEPs) à sua disposição. Esses CEPs são concedidos pelas Nações Unidas, e que deve ser gasto sempre que a região precisar instalar a infraestrutura de energia para um projeto, ou para construir uma usina de energia fóssil combustível. O CEP pode ser comprado e vendido num mercado, e seu preço flutua ao longo do jogo. O jogador precisa manter o controle sobre os CEPs.


Os pontos de vitória vêm com o dinheiro acumulado, CEPS, Usinas Verdes construídas, Metas da ONU concluídas, e experiência ganha, que representam a reputação da sua empresa - e ter a melhor reputação é o objetivo do jogo... além de salvar o planeta, é claro.

Jogo da Stronghold Games para 1 à 5 participantes, com duração de 120 minutos.

(Fonte)

Ricardo Stávale é caiçara de Itanhaém, arquiteto de sistemas, baixista e pai sem manual de instrução. Verdadeiro fã de jogos de tabuleiro e RPG, atualmente é responsável pelo blog Redomanet.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

CO2 – regras disponíveis em inglês

Por Carlos Abrunhosa


Temos vindo a anunciar algumas das novidades de Essen para este ano e obviamente que as portuguesas nos são as mais caras. É isso mesmo que sentimos em relação ao novo projeto de Vital Lacerda – CO2.

O jogo será lançado este ano, na feira de Essen, pela editora italiana Giochix.it, que entretanto já disponibilizou as regras do jogo em inglês!


Por isso, para os mais entusiasmados, já é possível descarregar o ficheiro e ter uma leitura de cabeceira à mão – AQUI.

(Fonte)

Carlos Abrunhosa reside em Aveiro, Portugal e é professor de profissão. Adora jogos de tabuleiro e para lá do JogoEu, é organizador de eventos como o Jigajoga e o RiaCON.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Curtas e Quentinhas

Por Manuel Pombeiro


CO2 já tem cara

O jogo CO2 do português Vital Lacerda já tem cara:

Clique para ampliar

Mais 4 no P500

A GMT Games adicionou mais 4 titulos à sua lista do P500:

1914: Glory’s End


Title Chase Basketball


Wellington in India


When Eagles Fight



Cocktail Games lança uma dúzia de jogos


Durante o ano de 2012 a Cocktail Games tem previsto o lançamento de uma série de jogos:

  • Mimtoo
  • Conjudingo
  • Ces Annees-La…
  • Si J’étais Président
  • Bluff Party 2
  • Bubble Talk
  • Superlipopex
  • Meurtre Sur Le Nil
  • Tweegles
  • Illico
  • Happy Hour
  • Picto Patato

Imagens: Boardgamegeek e sites proprietários.

(fonte)

Seguindo o tema "Ludo ergo sum" (Jogo, logo existo), Manuel Pombeiro é português, fã de jogos de tabuleiro, jogos de guerra, miniaturas e mantem o blog Firepigeon.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Essenciais 2012

Por Carlos Abrunhosa


Trajan


Mais uma pérola do senhor Feld segundo a crítica. Stefan Feld é sem dúvida um dos meus autores preferidos e são já tantos os títulos bons que eu queria ter e ainda não tenho que fica difícil de acompanhar a pedalada do homem…

Trajan desenrola-se na Roma antiga e o objetivo de cada jogador é ganhar cada vez mais influência nas várias esferas do poder romano, tais como influência política, comercial, militar e cultural. A curiosidade do jogo é descobrir como funciona a sua engenhosa mecânica, assente nos princípios do Mancala. Quem já jogou, considera-o genial, assim como “mentalmente desgastante”…

As ações em Trajan, consistem em 6 tipos: construir, comercializar, apanhar fichas do Fórum, usar o poder militar, influenciar o senado e colocar fichas de Trajan no tabuleiro pessoal.

Bem à moda de Feld o jogo tem demandas exigentes e é preciso estar sempre atento às necessidades do público no Fórum para assim evitar penalizações (quem não se lembra dos ratos de Notre Dame?).

Este promete ser um hit entre os mais hardcore e amantes de euros.


Takenoko


Neste momento até apetece dizer que Feld está para os euros como Bauza está para os best sellers lúdicos. Takenoko chegou com pezinhos de lã sem ninguém dar conta e já anda na boca do mundo. Com a conquista do Jogo do Ano Complexo (KdJ) na Alemanha, o maior sucesso de Antoine Bauza catapultou-o para outro nível de reconhecimento internacional.

Takenoko é um jogo familiar com todos os ingredientes misturados em doses certas para agradar a um público generalista que gosta de jogar descontraidamente um jogo de 45 minutos sem grandes dispêndio de energia intelectual e cheio des beau morceaux ao nível dos componentes. Bom, está aqui um caldinho que talvez traga o tão sonhado (secretamente) SdJ 2012

Os ingredientes estão todos lá, com eles somos transportados para o Japão Imperial, e confrontados com a árdua missão de sustentar um panda gigante, oferecido como prenda ao Imperador pelo seu homologo chinês, fruto da paz que reina entre as duas nações.

Com um novo habitante no palácio, o Imperador deu ordens para que os seus criados (os jogadores) cuidem do simpático animal, providenciando-lhe a comida (bambu) necessária para que se alimente convenientemente!

Os jogadores serão portanto “agricultores”, preocupando-se em cultivar, irrigar e cuidar das três variedades de bambu (rosa, verde e amarela), que, com a preciosa ajuda do jardineiro imperial, irão florescer nos jardins reais e servirão de alimento ao insaciável bicho!

Uma proposta lúdica que certamente irá fazer correr muita tinta…


Santiago de Cuba


A Eggertspiele descobriu um filão quando editou o jogo Cuba no ano de 2007, de lá para cá este é o terceiro jogo abordando a mesma temática – Cuba!

Neste jogo, a editora alemã procura oferecer uma versão mais light do primeiro título desta triologia (Cuba, Havana e Santiago de Cuba) propondo-nos um jogo com uma duração “familiar” de 45 minutos, onde o nosso papel é fazer os melhores negócios possíveis com as personagens carismáticas das ruas de Santiago, de forma a obter os preciosos recursos que faremos embarcar no navio, que os aguarda serenamente no porto da cidade.

Corrupção, lobbies e lavagem de dinheiro fazem parte da vida de um jogador em Santiago de Cuba (salvo seja!).

O jogo é simples e vive da flexibilidade no planeamento das ações por parte de cada jogador. Uma vez mais as ilustrações foram entregues a Michael Menzel e este teve o cuidado de manter a bitola alta, não deixando de vincar o traço comum aos anteriores títulos da triologia.

Adicionalmente disponiblizo-vos também as regras em português para ser mais fácil – AQUI.


Walnut Grove


Walnut Grove é um jogo que poderá passar ao lado de muita gente mas nem por isso merece o esquecimento. Pessoalmente sinto-me tentado em o experimentar e quem sabe, até comprar.

Neste jogo somos camponeses numa aldeia norte americana (eternizada pela série americana Uma Casa na Pradaria) em busca dos recursos. O jogo passa-se no período de 8 anos e em cada ano os jogadores jogam as 4 estações do ano (3 delas em simultâneo).

O jogo tem a característica de poder ser jogado em solitário o que agrada a muitos daqueles a quem escasseia a companhia para jogar.

Para os muito interessados em conhecer o jogo é possível ver um vídeo explicativo no BGG, feito pelo staff do próprio site americano.

Link do vídeo -> AQUI


Hawaii


Este jogo marca a estreia do criador Greg Daigle na alta roda dos jogos de tabuleiro com uma entrada pela porta grande, sendo editado pela conceituada Hans im Glück. Só o facto da editora abrir as portas a este rookie indicia que estaremos perante um excelente jogo. A crítica ainda não “encontrou” este jogo e por isso os ecos sobre as suas qualidades ainda não são muito notórios na blogosfera. Todavia já os há!

Hawaii é um jogo de estratégia moderado que acomoda jogadores regulares e outros menos, e que nos convida a tornar a nossa parte da ilha, o mais rentável possível.

Servido por um material e grafismo muito atraentes, com a chancela de Dennis Lohausen, Hawaii será um candidato natural à categoria de jogo do ano em muitas paragens lúdicas…


Covert


Covert é mais uma aventura do simpatiquíssimo duo Luísa Monteiro/Rui Alípio da Criações a Solo. Covert é um jogo para crianças ao qual os pais não ficarão indiferentes. A empresa nacional pegou num mecanismo conhecido: papel, pedra, tesoura ; juntou-lhe mais um elemento: o fio e aplicou-lhe um suporte físico (tabuleiro e marcadores ilustrados). Uma receita que dá origem a um jogo simples mas muito imersivo, que nos “agarra” e nos faz perder a noção do tempo enquanto o jogamos.

Embora sendo conceitos diferentes, comparo-o ao Can’t Stop, não nos mecanismos, como já referi, mas na qualidade única que alguns jogos têm de nos envolverem no entusiasmo de os jogarmos, encadeando partidas, umas atrás das outras.

Testamos o protótipo no ano passado na RiaCON e percebemos logo que estava ali um belíssimo jogo infantil com imensas potencialidades como gateway. Para lá do aspecto lúdico, Covert tem uma componente didática muito forte, sendo por isso um bom instrumento para explorar em contexto escolar. Por isso, chamo a atenção de todos os professores para estarem atentos a este jogo, pois poderá ser um recurso interessantíssimo em contexto de sala de aula.

Agora chegou o momento de o testar na versão final, que surgirá já neste primeiro semestre do ano, e confirmar o seu enorme potencial.


CO2


De Vital Lacerda tudo se pode esperar e este novo título é uma prova de fogo para o criador. Quando se começa a carreira com um jogo como Vinhos, é complicado editar um segundo jogo, a fasquia está elevadíssima. O homem saltou 6 metros e agora ninguém lhe pede menos que isso… CO2 encarregar-se-á de nos provar que não há razões para duvidar da genialidade do criador português.

Embora ainda muito pouco conhecido, este novo título saíra, segundo o que tudo indica, na próxima feira de Essen, e abordará o tema das emissões de Co2 para a atmosfera, inserindo-se num nicho temático pouco explorado: o ambiente.

O jogo promete várias horas de jogo e aquecimento cerebral. Na mesma linha de Vinhos, este CO2 será “durinho” e exigirá bastante planeamento e alguma capacidade estratégica para ser bem jogado. Os amantes dos jogos mais complexos terão certamente mais um exemplar à altura.


Kanban


2012 será um ano em contra ciclo com a crise económica nacional no que diz respeito ao lançamento de jogos made in Portugal, e Vital Lacerda será o expoente máximo desse contra ciclo uma vez que lançará dois jogos este ano. Kanban é um jogo económico baseado no processo de produção industrial onde “menos é mais”.

O jogo coloca o jogador no papel de um trabalhador da indústria automóvel que terá de otimizar tempo e recursos, procurando produzir muito com poucos recursos, sem comprometer a qualidade do seu produto. Os mais bem sucedidos nesta missão subirão na escala hierárquica da empresa, e consequentemente terão mais proveitos.

A seguir com muita atenção.


Madeira:Pearl of Atlantic


Mais um projeto português desta feita da dupla Soledade/Sentieiro, dois jogadores que decidiram agora enveredar pela “carreira” de designers. O jogo é um completo desconhecido para mim, mas nem por isso deixo de ter curiosidade de saber o que nos reservam tão ilustres senhores.

Conhecidos pelos gostos muito refinados quanto a jogos, passarão agora para o “outro” lado, e serão eles os alvos da crítica. Certamente serão boas, atendendo à “anamnese lúdica” destes dois, bem aí um jogo espesso e cheio de “xixa”.


Ragami


Ragami é um jogo original da Mesaboardgames que aborda a temática dos anjos da guarda.

No jogo somos anjos da guarda que procuramos resolver problemas na Terra. O objetivo do jogo é ganhar o máximo possível de pontos de virtude (!) quer pela resolução de conflitos, quer fazendo desaparecer demónios, quer ajudando outros Ragamis ou sendo o Ragami mais assertivo.

O conceito é original e por isso este Ragami será certamente um jogo a experimentar em 2012.


KOCMOC


Outra novidade da Mesaboardgames que aparecerá por altura da feira de Essen é: KOCMOC.

Em KOCMOC os jogadores são cadetes num programa espacial que almejam chegar à elite da Força Espacial, para isso têm de demonstrar a sua perícia no controle das naves espaciais e na resolução de problemas de vária ordem gerados pelos instrutores, em ordem à obtenção do tão desejado ingresso.

Os jogadores têm de completar missões fazendo voos aos diferentes planetas do sistema solar e escolhendo as rotas mais convenientes. Em função dessas escolhas de voo é que os jogadores irão ganhar pontos de experiência, essenciais para ganhar o jogo!

Bem e por este ano estão feitas as previsões… em dezembro faremos o balanço!

(fonte)

Carlos Abrunhosa reside em Aveiro, Portugal e é professor de profissão. Adora jogos de tabuleiro e para lá do JogoEu, é organizador de eventos como o Jigajoga e o RiaCON.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

CO2 – novo projeto de Vital Lacerda

Por abruk do blog JogoEu

O designer português Vital Lacerda, criador do sucesso – Vinhos – irá lançar um novo jogo. O autor anunciou formalmente que a editora italiana Giochix será a responsável pelo lançamento do segundo jogo da autoria do lisboeta.


Num pequeno apontamento, o autor anunciou a editora e avançou a data de 2012 para o lançamento de CO2. A temática do aquecimento global acabou por ser um entrave para muitas editoras agarrarem no projeto, um vez tratar-se de um tema controverso.


A nós que jogamos resta-nos aguardar!

(fonte)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Entrevista : Vital Lacerda

Por Cacá do blog E Aí, Tem Jogo?

Demorou, mas novamente o blog E Aí, Tem Jogo? vem com uma entrevista exclusiva, desta vez o autor português Vital Lacerda nos fala um pouco do seu Vinhos e dos novos projetos. Divirtam-se.

Vital Lacerda e seu Vinhos. Foto BGG.

Nos fale um pouco de como você entrou para o mundo dos board-games e quando veio a vontade de criar seus próprios jogos.

VL: Como muitos. Desde muito cedo que jogo boardgames. À cerca de 5 anos aborreci-me dos parcos jogos que jogava semanalmente com alguns amigos e resolvi fazer uma busca na Internet por boardgames. Eu sabia que tinha de haver mais para além dos costumeiros, Trivial, Pictonary, Risco, etc. Nesse dia um novo mundo apareceu à minha frente.

Já tinha tido algumas tentativas de fazer qualquer coisa de diferente, mas a falta de experiência nestes jogos não ajudou a desenvolver novos projetos. Depois desse dia, passei a jogar quase diariamente (já não o faço hoje em dia infelizmente), descobri, o Puerto Rico, Catan, e Power Grid. A minha tendência foi sempre para jogos mais complexos e pesados. E comecei a procura-los. Comprei o Tigris, Caylus, Tycoon, e Die Macher. Fiquei completamente apaixonado, por esse tipo de jogos. Depois foi um pulinho até ao Age of Steam, Brass, Through the Ages, etc.

Primeiro projeto : mapa para o Age of Steam. Foto BGG.

A minha primeira tentativa de desenhar qualquer coisa ficou-se por uma expansão do mapa de Portugal do Age of Steam. Só depois comecei a pensar em algo mais sério e comecei a trabalhar no Vinhos. Na altura com o nome de Vinícola. Eu sou designer, e trabalhei muitos anos em agências de publicidade como criativo. Por isso, desenhar um jogo, apareceu quase como uma necessidade física. A de criar alguma coisa diferente.

Tem havido um grande número de autores fora da Alemanha lançando jogos bastante interessantes, como você está vendo a movimentação dos autores portugueses atualmente nesse contexto?

VL: Atualmente existem uma série de portugueses a desenvolver protótipos dirigidos a todos os públicos. O autor mais conhecido no momento e com mais jogos publicados é o Gil (d'Orey), mas ninguém havia conseguido ainda publicar um jogo com uma editora estrangeira e de distribuição global. Julgo que o lançamento do Vinhos ajudou a que surgissem novos projetos da parte de muito jogadores, pois até então ninguém sabia se seria possível conseguir publicar um jogo através de uma editora estrangeira.

A bonita capa do Vinhos. Foto BGG.

Nos conte um pouco do processo de criação do seu Vinhos, por que escolher fazer um “heavy-game” e como isso dificultou para considerar o jogo finalmente pronto?

VL: Como já escrevi, os heavy games são os jogos de minha preferencia. Daí o Vinhos ter saído pesado. A ideia surgiu durante uma discussão com um amigo, sobre a pouca notoriedade de Portugal nos jogos de tabuleiro. A indústria de vinhos portuguesa é algo conhecida internacional e uma das maiores, senão a maior do nosso país. Como apreciador de vinhos e com algum conhecimento sobre a indústria, por ter familiares ligados ao ramo, não foi difícil começar a trabalhar no tema. O difícil foi desenvolvê-lo. Depois foi reunir o meu grupo de gamers (felizmente tinha um) e começar a discutir ideias e a testar protótipos. As ideias surgiam por todo o lado, seria impossível criar este jogo sozinho. Quando o processo de criação começa a encarrilhar, para mim a procura de novas soluções e caminhos para os problemas que aparecem, quase se torna uma obsessão. É uma processo muito viciante e provavelmente sem fim. O Vinhos demorou 3 anos até ser enviado a vários editores, e eu tive bastante sorte, porque algumas responderam rapidamente com bastante interesse no tema e no jogo. Também tive a sorte de ter o jogo editado por uma pequena editora mas com o profissionalismo da What’s Your Game. São impecáveis e ajudaram-me muito no desenvolvimento de finalização do jogo, que para mim como designer novato, foi uma mais valia.

Tabuleiro cheio de informação do Vinhos. Foto BGG.

Em 2010 tivemos além do Vinhos outros três lançamentos sobre o mesmo tema, qual sua opinião sobre esse “descobrimento” de um tema tão interessante mas tão pouco explorado anteriormente?

VL: Na verdade já existiam outros jogos sobre o mesmo tema. E a saída de vários jogos com o mesmo tema, terá sido uma feliz coincidência, foi uma tendência que chamou a atenção da comunidade para o tema e acredito que o Vinhos tenha beneficiado com isso. Acontece com frequência no mercado. Não só nos jogos como nas mais variadas áreas.

Aqui no Brasil seu Vinhos tem feito bastante sucesso entre os gamers, como está sendo a resposta dele nos outros mercados e em Portugal como foi que o seu público recebeu o jogo?

VL: O Vinhos tem um público muito especifico, não é um jogo dirigido para todos. Requer algum esforço e dedicação na aprendizagem, é necessário jogá-lo algumas vezes para se começar a jogar bem. É um jogo que demora 3 horas a 4 jogadores e por isso não vai muitas vezes à mesa. Mas mesmo assim, está bem classificado no BGG e parece estar a ser bem recebido pela maioria da comunidade a quem se dirige. Tem a grande vantagem de jogar muito bem com dois jogadores em cerca de uma hora. Posso dizer que estou muito satisfeito com as reações em geral e espero que também seja bem recebido quando sair no mercado norteamericano e no Brasil e no resto da América do Sul pelas mãos da Z-man. Neste momento estou a traduzir as regras para português para que o jogo consiga chegar a mais gente. A próxima edição sairá com regras em inglês, português, espanhol e francês. Julgo que assim será possível tornar o jogo mais abrangente ao cobrir todo o mercado americano e australiano. Vamos ver como se porta.

Novo projeto, o CO². Foto BGG.

Sobre seu próximo jogo, o CO², em qual estágio ele se encontra? Acha que consegue lança-lo em Essen esse ano?

VL: Não. É muito pouco provável que isso aconteça. O jogo está nas mãos da editora, mas ainda se encontra em fase de testes. Não vai haver tempo para que chegue a Essen. É possível que possa lá ter um ou outro protótipo para a editora contatar novos parceiros interessados no jogo, mas o mais provável é que só saia, ou em Nuremberg ou em Essen 2012. Se tudo correr bem, 2012 será um bom ano enquanto designer, pois já estão agendados 2 jogos para esse ano.

Estande em Essen 2010, todas as cópias vendidas. Foto BGG.

Obrigado pela entrevista, esperamos os próximos jogos dos nossos amigos portugueses.

VL: É sempre com gosto que respondo às vossas perguntas. Eu agradeço por se terem lembrado de mim para o vosso blog, no meio de tantos designers mais conhecidos e com tantos jogos já lançados.

Certamente irão aparecer mais jogos de portugueses, pelo que tenho visto e acompanhado, o futuro poderá ser brilhante nesta área. Boa sorte para o vosso blog e bons jogos.

(fonte)