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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Entrevista: Antoine Bauza

Por Carlos Couto

Vamos começar a semana conhecendo um pouco do trabalho desse autor que já tem no currículo dois jogos super aclamados, o Ghost Stories e o 7 Wonders. Agora com vocês um pouco do Antoine Bauza.

Antoine Bauza e seu primeiro grande sucesso. Foto BGG.

Primeiro um pouco de você, quando começou o interesse pela criação de jogos e quais as suas principais influências no início da carreira?

Antoine Bauza: Eu comecei a fazer meus jogos na adolescência. Depois das minhas primeiras tentativas passei muito do meu tempo jogando video games e RPG. Eu redescobri os jogos de tabuleiro no final da faculdade por volta de 2003. Meu primeiro jogo publicado foi o Chabyrinthe em 2007. As minhas influências são muitas, eu pego as idéias para jogos de muitas fontes : livros, filmes, viagens, cenas do dia-a-dia...

Primeiro jogo publicado, Chabyrinthe. Foto BGG.

Depois do Ghost Stories seu nome se tornou mais conhecido entre os gamers, no que isso te ajudou?


O excelente Ghost Stories. Foto BGG.

AB: Eu não tenho certeza se o Ghost Stories me ajudou entre os gamers e as publicadoras jogos. O jogo foi uma grande experiência de design e eu aprendi muito com o desenvolvimento dele. Então isso foi um grande passo para minha carreira.

Atualmente o 7 Wonders é considerado um dos card-games mais criativos do mercado e as expansões só tem ajudado a crescer o número de fãs, o que podemos esperar para além dos Líderes e das Cidades?

7 Wonders com suas duas expansões. Foto BGG.

AB: Eu estou trabalhando na terceira expansão (possivelmente chamada : Armada). Ainda tem muito trabalho a ser feito, mas estou bastante contente com a resposta que os primeiros jogadores tem dado. Então, eu acredito que essa seja publicada mais para o futuro. Depois disso, bem, vamos ver (hehehe).

Para esse ano em Essen, o lançamento do Tokaido. Foto BGG.

Atualmente em fase de playtestes, como está o andamento do Rampage e o que podemos esperar desse jogo?

AB: Os playtestes estão terminados para o Rampage. Nossa primeira expectativa era que ele fosse apresentado em Essen '12, mas a publicadora teve alguns problemas de produção e o jogo só será lançado em 2013. Ele vai ser um jogo especial com componentes em 3D e uma jogabilidade única : Você é um grande monstro destruindo tudo pela cidade, comendo meeples aos montes e lutando contra outros monstros, bem ao estilo Godzilla (hehehehe).

As primeiras imagens do Rampage. Foto BGG.

(fonte)

Carlos Couto é carioca, publicitário, Flamengo, curte rock'n'roll, cerveja e jogos de tabuleiro. Atualmente é responsável pelo blog E Aí, Tem Jogo? e está sempre junto nos eventos cariocas.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Entrevista: Rüdiger Dorn

Por Carlos Couto


Como havia anunciado pelo Face e pelo Twitter, vamos a mais uma entrevista depois de tanto tempo. E quem arrumou um tempinho para responder às nossas perguntas hoje foi o 3 vezes indicado ao Spiel des Jahres e autor de grandes jogos, o alemão Rüdiger Dorn.

Carlos Couto? Quando você começou a se interessar em boardgames e quando decidiu que era hora de fazer seus próprios jogos?

Rüdiger Dorn: Na minha infância eu joguei os clássicos (Xadrez, RISK, Gamão) – inicialmente eu modificava os jogos que não eram “redondos” na minha opinião, então em 1990 eu “criei” minhas próprias idéias – minha primeira publicação foi o jogo Cameo.

O primeiro jogo publicado, Cameo.

Carlos Couto? Você ainda tem tempo de jogar? Quais seus jogos preferidos atualmente?

RD: CLARO que sim. Meu jogo favorito em todos esses anos ainda é o Magic, the Gathering.

Carlos Couto? Na minha opinião você traz sempre umas mecânicas inovadoras (como o mercado do Diamonds Club ou a movimentação no Genoa), onde busca inspiração para tentar criar esses diferenciais?

RD: Muitas vezes penso sobre os jogos - e às vezes há um "mecanismo" novo na minha cabeça - mas naquele momento eu não sei, se essa mecânica é boa ou se ela só funciona bem na minha cabeça.

O mercado do Diamonds Club.

Carlos Couto? Como você recebeu a sua terceira indicação aos Spiel des Jahres (pelo jogo Vegas)?

RD: Eu olhei na internet e SIM! Vegas foi indicado!


Vegas sendo apresentado em Nuremberg esse ano.

Carlos Couto? O seu jogo mais consagrado, o GOA está prestes a receber um relançamento, qual a sua expectativa quanto a isso?

RD: Eu não esperava muito, para não acabar decepcionado. Tive o prazer de relançar o GOA - e agora eu estou muito feliz com o resultado.

A nova versão do excelente GOA.

Carlos Couto? Depois dos lançamentos do Waka Waka e do Vegas, já tem mais alguma coisa programada para esse ano?

RD: Sim, dê uma olhada no Il Vecchio, um maravilhoso (hehehehe) euro-game, eu estou muito orgulhoso da elegância do jogo, ele será lançado em outubro de 2012 pela Hallgames.

(fonte)

Carlos Couto é carioca, publicitário, Flamengo, curte rock'n'roll, cerveja e jogos de tabuleiro. Atualmente é responsável pelo blog E Aí, Tem Jogo? e está sempre junto nos eventos cariocas.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Entrevista com a Estrela!

Por Gabriel Lopes

Olá pessoal! Converso hoje com o diretor de marketing da Estrela, Aires Leal Fernandes.


FunBox: Olá Aires e obrigado pelo seu tempo para nossa entrevista! Vamos às perguntas! Quais os planos para lançamentos do ano de 2012 ?
Aires: Ainda não podemos revelar, mas estamos preparando muitas novidades que serão apresentadas na feira Abrin, a feira nacional de brinquedos, que acontece de 9 a 12 de abril no Expo Center Norte


FunBox: Algumas empresas do ramo estão trazendo jogos de fora para cá (Colonizadores de Catan no caso da Grow e Horse Fever no caso da Galapagos Jogos), o que a Estrela acha disso, e existe alguma chance da Estrela trazer algum jogo de fora para cá ?
Aires: O mercado é muito democrático e há espaço para todos. A Estrela completa 75 anos em 2012. Neste tempo, construímos uma bela história em jogos de tabuleiro e por isso nossa tendência é apostar nestes grandes clássicos em versões repaginadas e atualizadas ao gosto do consumidor atual. Também valorizamos criadores brasileiros de jogos através do Concurso de Criação de Brinquedos da Revista Espaço Brinquedo. Escolhemos entre os vencedores um produto que possa ser viabilizado e que tenha relação com nossa linha de produtos e colocamos no mercado. Quanto aos produtos e referências que vêm de fora, estamos sempre checando a possibilidade de trazer aos consumidores produtos atraentes e divertidos. Pesquisamos tendências e novos produtos em feiras internacionais por todo o mundo, inclusive nossa diretoria está presente na Feira de Brinquedos de Nuremberg, na Alemanha, que é uma das mais importantes do mundo.


FunBox: Como está o mercado de jogos no Brasil, visto que hoje em dia as crianças querem cada vez mais jogos eletrônicos deixando os analógicos um pouco de lado?
Aires: Ao longo da história, percebemos que o brinquedo é um reflexo da sociedade. Se traçarmos uma linha do tempo, é possível verificar que as brincadeiras são clássicas, mas a forma de brincar é que muda. A Estrela começou em 1937 produzindo bonecas de pano. Com o desenvolvimento da indústria termoplástica, o vinil passou a fazer parte dos brinquedos, depois com o crescimento da indústria mecânica, os brinquedos passaram a ter movimento. A eletrônica é a menina dos olhos no momento e trabalhamos para incorporá-la aos produtos. Esta é uma tendência do mercado bem como o uso de plataformas digitais como computador, celular, tablet.


FunBox: Hoje qual é o produto mais vendido? E qual o motivo de seu sucesso ?
Aires: É o Banco Imobiliário. O Banco Imobiliário é clássico que está em nossa linha desde 1944. Ao longo de sua história, ele teve e tem várias versões ligadas a licenciamentos. Tem Banco Imobiliário da Turma da Mônica, por exemplo, tem o Banco Imobiliário com pontos turísticos brasileiros, uma versão tendo a sustentabilidade como tema e o Super Banco Imobiliário, que substitui as notas de dinheiro em papel por cartões de crédito e débito. A atualização de nosso grande clássico, que certamente é o brinquedo mais vendido da história do brinquedo no Brasil, fez tanto sucesso que ganhou o prêmio de Brinquedo do Ano em 2010 em premiação organizada por profissionais do setor. Seu sucesso continuou em 2011 e esperamos que perdure por este e pelos próximos anos.

Quem não se lembra deste comercial?

FunBox: Qual o estilo de jogo que mais atrai compradores brasileiros?
Aires: Os jogos de tabuleiro. Estes jogos têm uma característica particular. Eles proporcionam a sociabilização. A interação hoje é um recurso muito valorizado. As crianças ficam muito sozinhas confinadas em suas casas e apartamentos. O jogo de tabuleiro acaba funcionando como um instrumento para promover encontros com amigos e momentos aprazíveis em família. Além de serem entretenimento para as crianças, eles também geram muito interesse de adolescentes e jovens adultos.


FunBox: Aires, muito obrigado mais uma vez pelo tempo cedido. Desejamos muito sucesso para a Estrela e muitos lançamentos bacanas em 2012!

Gabriel Lopes mora em Santos e por muito tempo foi viciado em Magic: The Gathering. Há um tempo entrou de cabeça no mundo dos boardgames, e fica cada dia mais viciado. Fã de dungeon crawlers e eurogames pesados.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Qual é o futuro dos board games?

Por Wagner Rodrigues

Depois de nossa matéria sobre o ePawn Arena, nosso amigo João do blog Confraria de Arton entraram em contato com a FunBox perguntando nossa opinião a respeito.


Gostaria de compartilhar com todos a nossa resposta. [ )]



Confraria de Arton: Qual a opinião de vocês sobre esta plataforma e de que forma isso poderá alterar o futuro dos boardgames?

FunBox: Olá João!


Acreditamos que esta e outras iniciativas que integram o mundo analógico com o digital será muito mais explorado no futuro. É vantajoso tanto para quem produz quanto para o consumidor final.


Do ponto de vista do consumidor, é fato que pais preferem jogos analógicos para jogarem com a família aos digitais (onde quase não há interação social entre a família). Muitas famílias procuram a FunBox dentro deste cenário.


Muitos de nossos clientes, mesmo sem jogarem com crianças, também acabam preferindo a sociabilidade ao virtual. Por exemplo, é comum as pessoas preferirem jogar Colonizadores de Catan em tabuleiro do que jogá-lo de forma digital. Principalmente quando o jogo exige trocas ou dá a oportunidade de prejudicar alguém, muitos preferem olhar nos olhos do oponente e ver sua reação.

Colonizadores de Catan, um jogo com alto grau de sociabilidade

Por outro lado, quando vemos os jogos digitais como forma de entretenimento individual, o mercado é muito forte. Se um jovem comum hoje tiver R$100,00 no bolso e tiver que escolher entre comprar o jogo de vídeo game do momento ou um jogo de tabuleiro, ele fatalmente escolherá o digital.


Vendo pelos olhos do fabricante, o amálgama dos dois mundos é muito vantajoso. Muitos títulos 100% analógicos estão sendo relançados em versão digital (Puerto Rico, Caylus, Dominion, Ticket to Ride). O fator logístico é muito simples no mundo dos downloads e sua marca/produto consegue chegar em muito mais pessoas por um custo extremamente baixo. Por outro lado, quando falamos de jogos digitais, não tem como não pensar na pirataria. Dificilmente você verá a venda um Puerto Rico pirata à venda (com preço competitivo). Porém, quem nunca viu um jogo digital pirata sendo vendido no meio das ruas que atire a primeira pedra (rsrs).

Caylus, agora em iOS.
ePawn Arena, iPad, Microsoft Surface, dentre outras plataformas tecnológicas conseguem até certo ponto colocar um grande empecilho na pirataria. Imagine que agora os componentes do jogo possam ser divididos entre o mundo digital e o analógico. Na parte digital teríamos o gerenciamento das regras, contagem de pontos, animações e gráficos impossíveis de serem replicados no tabuleiro. Só que para jogar, você precisaria do pacote analógico (com peões, miniaturas, cartas, etc) que farão o jogo digital tomar vida e ir muito além do simples vídeo game.

Vídeo sobre screenLess Arena com Mansions of Madness
O jogo digital poderá até ser livre para download, mas o consumidor precisará comprar os componentes analógicos (assim evitando a pirataria).

Assim sendo, acreditamos que os dois mundos continuarão coexistindo por muito tempo. Só que a partir de agora, a tecnologia também está proporcionando uma intersecção híbrida onde, com certeza, aparecerão muitos títulos interessantes no futuro.

Como bom mineiro, Wagner Rodrigues é viciado em pão de queijo. Respira jogos de tabuleiro, come tutu de dados com farinha de meeples no almoço e é um dos sócios da FunBox Ludolocadora, a primeira locadora de jogos de tabuleiro do país.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Entrevista com a Grow

Por Gabriel Lopes

Finalmente um post novo meu!

Desta vez, fiz uma entrevista com o gerente de marketing da Grow, Gustavo Arruda.


FunBox: Olá Gustavo, primeiro gostaria de parabenizar a Grow pelo salto de fé dado ao tentar trazer esses jogos para o Brasil, fazendo assim muitos aficionados pelo hobby felizes.

Bom às perguntas então.

O lançamento de Colonizadores de Catan no Brasil foi um presente sensacional para pessoas que precisavam trazer seus jogos de fora para poder jogar o que há de novo no mercado, muitos amigos meus compraram o jogo logo que foi lançado pela Grow (alguém até possuíam alguma versão do jogo) para ajudar o mercado nacional e com a esperança de que a Grow continue a trazer sucessos de fora para cá. Minha duvida fica no entanto com o comprador comum, a mãe de família que vai a loja de brinquedos para dar um jogo a seus filhos, ela vai obviamente atrás de algum titulo que conheça, algo que talvez já tenha jogado. É isso que vem ocorrendo, ou as pessoas tem comprado Colonizadores de Catan, mesmo sem conhecê-lo ?

Gustavo: O Colonizadores de Catan é um ótimo jogo, que em outros países alcançou sucesso também no mercado de massa.
Aqui no Brasil apostamos no jogo, mas tem sido um grande desafio para a Grow. Desde o seu lançamento ele teve uma grande repercussão. Porém, não tem sido fácil converter essa exposição que o jogo teve em vendas.

Os desafios principais que enfrentamos são:

  • Quem conhece o jogo, recomenda e compra. Mas essa base ainda é pequena.
  • Jovens e adultos, em geral, não entram em lojas de brinquedos para procurar coisas para si ou presentear amigos;
  • Dentro de lojas de brinquedos a concorrência é grande. Há sempre um “paredão” de jogos, com muitas opções. O apelo tem que vir da embalagem e do nome do jogo. Adotamos o nome e visual do jogo original, cujo apelo, para o comprador comum, é duvidoso.
  • O jogo vale o que ele custa. Mas não é um jogo barato.
O ano de 2012 será decisivo para mantermos ou não o lançamento de mais jogos modernos. Esse ano teremos uma grande divulgação do Catan, inclusive com a organização do campeonato brasileiro que selecionará o representante do Brasil no campeonato mundial. Também teremos o lançamento do Carcassonne. O sucesso de venda desses jogos é que determinará se continuaremos ou não investindo nesse segmento.

Gustavo Arruda na Spielwarenmesse International Toy Fair, na Alemanha

FunBox: O mercado nacional não está acostumado com o termo “expansões de jogos de tabuleiro”, mesmo assim existe alguma chance das expansões de Colonizadores de Catan serem produzidas pela Grow ?
Gustavo: Existe, mas só a partir do momento que tivermos uma boa base de jogos “básicos” vendidos. Estamos falando de no mínimo 2 ou 3 anos.

Alem de Carcassone, existe alguma previsão para outros jogos sendo lançados por aqui?
Na categoria de “jogos modernos”, Carcassonne será o nosso único lançamento de 2012. Temos preferido trabalhar dessa forma, lançando poucos títulos, para podermos focar nossos esforços de promoção.


FunBox: Quando vocês escolhem jogos para trazer, preferem jogos europeus ou olham também os americanos ?
Gustavo: Olhamos o mercado como um todo. Buscamos jogos que sejam sucesso de vendas, e que acreditamos poder repetir o desempenho no Brasil.

FunBox: Muitos jogos de tabuleiro são categorizados pelo seu peso(dificuldade) e se tem ou não muita sorte envolvida, qual o tipo de jogo que o mercado brasileiro mais consome ?
No Brasil, os “family games” e os “party games” dominam o mercado. Essa é a preferência do mercado de massa brasileiro. Por isso a linha de jogos da Grow e também a de outras empresas refletem esse perfil, e a maior parte dos nossos lançamentos fica dentro dessas duas categorias.


FunBox: Muito obrigado pelo seu tempo, Gustavo! E torcemos para que tanto Colonizadores de Catan quanto Carcassonne sejam sempre sucesso de vendas da Grow!

Gabriel Lopes mora em Santos e por muito tempo foi viciado em Magic: The Gathering. Há um tempo entrou de cabeça no mundo dos boardgames, e fica cada dia mais viciado. Fã de dungeon crawlers e eurogames pesados.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Entrevista com os criadores de Horse Fever

Por Wagner Rodrigues

Ho Ho Ho!


E aí, pessoal? Lembram-se de que a Galápagos Jogos lançou Horse Fever no Brasil este mês?

Pois bem, hoje falaremos um pouquinho mais sobre este super título!


O jogo foi originalmente lançado em 2009 pela Cranio Creations e teve uma excelente receptividade. O jogo foi um sucesso tão grande que foi escolhido em 2010 pela La Ludoteca Ideale (ou A Ludoteca Ideal).


Para se ter ideia, alguns dos outros títulos que também foram considerados "ideais" naquele ano foram Stone Age, Race For The Galaxy, Dominion e Puerto Rico.

E para lhe trazer mais informações sobre este super jogo, a FunBox fez uma entrevista exclusiva com a equipe da Cranio Creations que criou Horse Fever!


FunBox: Olá pessoal da Cranio Greations! Primeiramente, parabéns pelo lançamento de Horse Fever no Brasil pelas mãos da Galápagos Jogos. "Apostamos" muito no sucesso deste título!


Cranio Creations: Olá Wagner! É um grande prazer responder suas perguntas. Eu (Lorenzo Silva) responderei por ambos os Lorenzos e pelo Aureliano (o outro cara que trabalha na Cranio Creations). O Lorenzo Tucci não é tão bom com inglês, e o Aureliano está na França no momento... então, sou o único que poderei responder no momento! :-)


FunBox: Conte-nos, como tudo começou com Horse Fever?

Cranio Creations: Foi uma ideia louca. Nós queríamos criar um jogo, então pegamos nosso dinheiro guardado e gastamos no Horse Fever... não tínhamos a menor ideia como o mercado de jogos trabalhava, mas fomos sortudos!


FunBox: Vocês também fizeram um excelente trabalho com Dungeon Fighter! O jogo foi um sucesso tão grande que a primeira edição está totalmente esgotada! Quais foram as principais diferenças entre criar Horse Fever e Dungeon Fighter?

Cranio Creations: Foram dois processos de criação de jogo completamente diferentes. Com Horse Fever começamos com o tema: queríamos criar um jogo sobre corrida de cavalos e blefes. Então procuramos a mecânica que melhor se adequava.


Com Dungeon Fighter, foi o inverso. Começamos pela mecânica de jogar o dado no alvo, e criamos o tema a partir daí.


FunBox: E como vocês se sentem tendo seu jogo agora sendo lançado no Brasil? Cá entre nós, há alguma chance de vermos uma versão brasileira de Dungeon Fighter também?

Cranio Creations: Nos sentimos muito bem com nosso jogo no Brasil! Os rapazes da Galápagos são super legais, e trabalhar com eles foi o melhor!

Esperamos trabalhar com a Galápagos no Dungeon Fighter também. Precisamos organizar uma reunião de negócios... quando exatamente é o Carnaval do Rio de Janeiro? :-)



FunBox: Muito obrigado a todos vocês pela entrevista e mais uma vez, parabéns pelo excelente trabalho! E para finalizar, o que vocês nos podem nos contar a respeito de seus projetos para 2012?

Cranio Creations: Muito obrigado pelo seu apoio! Os planos para o futuro são o 1969, um jogo sobre a conquista da Lua durante os anos 60. E Pimp My Park, um jogo sobre a construção e estratégias em um parque de diversões.



Horse Fever é um jogo para 2 a 6 apostadores e tem tempo médio de 90 minutos.

Curioso para saber mais sobre este título? Clique aqui para fazer o download das regras. E claro, venha jogá-lo na FunBox!


Como bom mineiro, Wagner Rodrigues é viciado em pão de queijo. Respira jogos de tabuleiro, come tutu de dados com farinha de meeples no almoço e é um dos sócios da FunBox Ludolocadora, a primeira locadora de jogos de tabuleiro do país.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Entrevista com Renato Sasdelli

Por Evaldo Vasconcelos

Responsável pela Galápagos Jogos, entrevistei Renato Silva Sasdelli


Com uma quantidade incrível de títulos lançados em 2011 a Galápagos está rapidamente ganhando nome do mercado de jogos de mesa.

Evaldo: Como você conheceu os jogos de tabuleiro nacionais e os importados?
Renato: Eu sempre tive a parte lúdica bem inquieta. Organizava campeonatos pra tudo, criava jogos/atividades e buscava coisas novas. Sempre busquei novidades no mercado nacional, entrava nas lojas de brinquedo e vasculhava tentando achar algo, mas com o tempo minha esperança foi caindo. Certo dia, eu estava fazendo uma nova versão ‘premium’ temática do clássico ‘War’ de presente para uma amiga. Levei o material para o trabalho, pois lá tinham ferramentas para trabalhar com madeira e um dos meus colegas de trabalho comentou sobre o site do BGG. A partir daí foi uma ascendente muito rápida!


Evaldo: Quando surgiu a idéia de abrir uma empresa de jogos? Há quanto tempo a Galápagos está no mercado?
Renato: No primeiro momento que tive contato com o BGG comecei a fazer versões caseiras dos jogos, e, logo de cara comecei a substituir personagens dos jogos por amigos, familiares, etc... Daí veio à idéia de personalização e utilização dos jogos para passar conteúdo e informações, e junto, a idéia de abrir a empresa com foco no mundo corporativo. A empresa já tem 2 anos mas já estamos trabalhando a praticamente 3 anos.


Evaldo: Os jogos de tabuleiro mais conhecidos no mercado brasileiro são, sem dúvida, War e Banco Imobiliário. Ambos clássicos. Há alguns anos, os "jogos de tabuleiro estilo alemão" vem conquistando e ampliando o seu público no país. Como você encara essa mudança e qual é como a Galápagos analisa a demanda do mercado brasileiro?
Renato: Acho que seria errado falar que os jogos ‘alemães’ vêm conquistando ESTE público brasileiro, não se trata de uma mudança. O público para estes jogos novos vem aumentando, mas ainda é um nicho pequeno e a curto prazo vai permanecer assim. Nós acreditamos que o mercado brasileiro tem potencial para se sustentar e abrigar 2 ou 3 empresas de médio porte produzindo jogos diferenciados, em português e com a qualidade que o público merece.

Evaldo: O público brasileiro é receptivo a novos fabricantes?
Renato: Aí são 2 casos. O público dos jogos de massa já está acostumado com os mesmos fornecedores há um bom tempo e é mais difícil que dêem oportunidades a novos fabricantes. Já o público do nicho ainda está acostumado à importar jogos, e, no geral, ainda possui um pé atrás com relação ao mercado nacional de uma forma geral. Acho que a solução aí é o trabalho. É trabalhar sério para fornecer, a todos, jogos cada vez melhores em componentes e em jogabilidade. Se em algum momento falharmos nesses aspectos, o público vai voltar a importar jogos.

Evaldo: Qual sua opinião sobre as grandes empresas brasileiras de jogos e seu papel na renovação e ampliação do público?
Renato: Bom, se analisarmos as ações dos últimos anos, as grandes empresas estão agindo de forma muito consciente. A chegada da Hasbro ao país só mostra que o mercado continua crescendo e ampliando, independente da qualidade de componentes/jogos. Com relação à renovação, se o mercado continua crescendo e ampliando, porque as empresas grandes deveriam se mexer? Para elas está tudo muito bom, não existe a necessidade delas se arriscarem. O lançamento do Catan pela Grow foi uma iniciativa excelente e devia ser muito comemorada, independente do resultado que irá alcançar.


Evaldo: Sua empresa desenvolve jogos corporativos. Qual sua avaliação sobre esse nicho de mercado?
Renato: É um setor bem interessante, porém muito competitivo. Existem muitas agências que trabalham com jogos também e normalmente elas já tem o cliente em sua carteira e, portanto, ele não vai procurar novas soluções. Neste segmento, a qualidade é também muito importante, pois foi através dela que conseguimos surpreender positivamente nossos clientes e nos firmar dentro de grandes empresas.

Evaldo: Vocês já participaram de feiras e convenções sobre jogos de tabuleiro e brinquedos no Brasil ou fora do país? Qual é a diferença entre os eventos brasileiros e as feiras internacionais e qual sua importância para o mercado?
Renato: Já participamos das maiores feiras internacionais. Nuremberg de Brinquedos em geral e Essen para jogos de tabuleiro. A abordagem das feiras internacionais é bem diferente das nacionais, uma vez que os jogos de tabuleiro tem muito mais força, penetração de mercado e aceitação do público do que no Brasil. Mas acreditamos que cada vez mais essa tendência deve chegar ao Brasil e as perspectivas de mudança são promissoras. Estamos fazendo o possível para acelerar o processo.

Evaldo: Vocês possuem entre seus produtos títulos como Recicle e Brasilis. É uma postura da empresa publicar jogos com temáticas engajadas e com críticas sociais?
Renato: Não digo que seja uma postura, mas talvez uma coisa que vemos com bons olhos. Gostamos de jogos temáticos, isso sim. Se o tema for crítico ou educacional, ele pode estar também estimulando o jogador de outra maneira, o que é muito bacana.

Evaldo: A Galápagos publica apenas jogos de designers próprios ou também recebe projetos de designers independentes? Em caso positivo, como os interessados podem entrar em contato com a empresa?
Renato: Não temos nenhuma regra, apenas buscamos jogos inovadores que sirvam para expandir o hobbie no país. Buscamos ter um catálogo de certa forma completo, com jogos variados entre dados, cartas, tabuleiro, tática, estratégia e sorte. Se não surge nenhuma criação externa nos moldes que projetamos para nosso catálogo, nos mexemos para criar algo, foi o que aconteceu com o UGC (O Último Grande Campeão), tanto pelo tema, quanto pela mecânica. Estamos completamente abertos à novas criações, e os criadores podem entrar em contato diretamente comigo: renato@galapagosjogos.com.br
Só devemos ressaltar que estamos cada vez mais exigentes com relação aos playtestes dos jogos. Sentimos uma necessidade cada vez maior de exigir mais e ter jogos cada dia melhores. Agora temos um catálogo bem desenvolvido e as peças que entrarão neles serão muito bem selecionadas.


Evaldo: Quais são suas expectativas para o futuro da Galápagos? O que os board gamers podem esperar da empresa em 2012?
Renato: Temos um planejamento muito legal para 2012, com muitas opções em aberto e novidades já fechadas para o segundo semestre. Agora a intensidade dos lançamentos vai ser proporcional à resposta do público, ou seja, de acordo com as vendas. Se visualizarmos que nosso trabalho está rendendo o esperado e que é possível manter uma empresa de jogos modernos no Brasil, continuaremos investindo alto, caso contrário, haverá uma desaceleração natural no número de lançamentos. Mas posso garantir que sempre estaremos por aí com novidades!


Evaldo: Quais são seus 3 jogos de tabuleiro preferidos?
Renato: Eu gosto muito de jogos onde todos estão se divertindo ao redor da mesa! Jogos que eu sei que posso levar em qualquer lugar que farão sucesso. Aqui eu cito o “Last Night On Earth”, muito legal, e o “Horse Fever”, que conseguimos a licença para o Brasil e iremos lançar agora em Dezembro de 2011. Mas tenho um gosto MUITO variado, costumo jogar de tudo.
Gosto também de jogos um pouco mais táticos onde se tem muitas escolhas disponíveis em sua jogada, como “Tigris & Euphrates” e o próprio “O Vale dos Monstros”.


(fonte)

Evaldo Vasconcelos é amazonense, empresário, produtor e gestor cultural. Tem divulgado os jogos de tabuleiro importados no Brasil desde 2009 através do evento Eurogames Manaus e do blog Strategos

sábado, 10 de dezembro de 2011

Jogo de tabuleiro e blindagem de veículos

Por Wagner Rodrigues

"Cuidar da sua frota não é brincadeira", este foi o tema criado pela agência Alta Comunicazione, que ilustra mais uma campanha para o Grupo Rental.

Com mais de 20 anos de experiência no mercado corporativo, o Grupo Rental direciona sua atuação na locação, terceirização e gestão de frotas; rastreamento de veículos; blindagem e locação de veículos blindados.

Para a campanha além de anúncios, display e folder, foram feitos dois filmes desenvolvidos em 3D, sobre os serviços de locação e terceirização da Rental, e os serviços de rastreamento de veículos.

Em um jogo de tabuleiro o filme mostra as situações que os donos de empresa enfrentam normalmente. Em ambos os casos, foi utilizado um carrinho animado, para representar o consumidor. As situações apresentadas ao longo do tabuleiro servem para mostrar a correria do dia a dia dos empresários.


Em um primeiro momento, o filme apresenta as complicadas situações que os empresários que mantém a própria frota enfrentam. Em seguida, ressalta a tranquilidade que esses mesmos empresários teriam se contassem com uma empresa séria e especializada nesses serviços de locação, terceirização e rastreamento, como a Rental.

A direção de criação é de Zeppa Tudisco e direção de planejamento de Beto Furlan.

E a FunBox entrevistou Zeppa Tudisco para nos falar um pouco mais sobre esta campanha. Confira:

FunBox: Olá Zeppa! Bem interessante a ideia de utilizar um jogo de tabuleiro para ilustrar os serviços da Rental. Você pode nos contar um pouquinho sobre este projeto?

Zeppa Tudisco: Precisávamos de um motivo para conduzir o conceito da campanha, como o conceito era: "Cuidar da sua frota não é brincadeira", optamos em trabalhar com algum jogo que fosse comum a uma grande parte do target a ser impactado. No caso deste cliente, que oferece serviços de blindagens, rastreamento e locação de veiculos, seriam empresários.

Optamos por um jogo de infância e nos baseamos no Banco Imobiliário, mesmo porque esse jogo é muito rico em elementos. Esse jogo contem dinheirinhos, peões, dados, tabuleiro, enfim, tudo o que precisávamos para criar a sensação desejada em 3D.

Esse projeto foi desenvolvido por uma das células de criação da Alta em parceria com a produtora Animafilm, de Ribeirão Preto. A trilha foi da Audiowork.



FunBox: Onde está sendo veículada esta campanha?
Zeppa Tudisco: Esse filme está sendo veiculado primeiramente na região Centro-Oeste, região sede da Rental. Está sendo veiculado em diversas emissoras, além de anúncios em jornais e revistas.

FunBox: Por que usaram um jogo de tabuleiro e não um digital (video-game), por exemplo?
Zeppa Tudisco: Porque o jogo de tabuleiro é mais rico, tem mais conteúdo, é mais "fotogênico" e está presente na memória do target que buscamos para a campanha.

FunBox: É a primeira vez que a empresa usa jogos de tabuleiro em um projeto?
Zeppa Tudisco: Não, já usamos em uma ação motivacional para a Cargill. Naquela ocasião era entregue um jogo personalizado aos funcionários participantes da ação.

FunBox: Obrigado Zeppa pela entrevista e desejamos muito sucesso com a campanha!

Curioso para ver como ficou a campanha? Clique aqui para assisti-la em nosso canal do YouTube!


Como bom mineiro, Wagner Rodrigues é viciado em pão de queijo. Respira jogos de tabuleiro, come tutu de dados com farinha de meeples no almoço e é um dos sócios da FunBox Ludolocadora, a primeira locadora de jogos de tabuleiro do país.