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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Lançamentos 2011: Santiago de Cuba

Por Ricardo Stávale

Bem-vindo a Santiago - a segunda maior cidade de Cuba. O zumbido caótico das ruas com os sons de multidões agitadas e movimentação do comércio. Navios de carga constantemente chegam e partem do porto. A demanda é contínua e imprevisível, para o fornecimento de produtos locais, tais como frutas exóticas, açúcar, rum, tabaco e charutos.


Você assume o papel de um cara que organiza com os moradores e funcionários corruptíveis o transporte de mercadorias para atender a demanda desses navios de carga sempre presentes. Sua capacidade de adquirir esses bens é tão confiável quanto as suas conexões. Oferta e demanda de bens está em constante mudança.


Cada vez que você jogar, você terá de enfrentar novos desafios táticos no mundo vibrante do Caribe que é Santiago de Cuba.


(fonte)

Ricardo Stávale é caiçara de Itanhaém, arquiteto de sistemas, baixista e pai sem manual de instrução. Verdadeiro fã de jogos de tabuleiro e RPG, atualmente é responsável pelo blog Redomanet.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Essenciais 2012

Por Carlos Abrunhosa


Trajan


Mais uma pérola do senhor Feld segundo a crítica. Stefan Feld é sem dúvida um dos meus autores preferidos e são já tantos os títulos bons que eu queria ter e ainda não tenho que fica difícil de acompanhar a pedalada do homem…

Trajan desenrola-se na Roma antiga e o objetivo de cada jogador é ganhar cada vez mais influência nas várias esferas do poder romano, tais como influência política, comercial, militar e cultural. A curiosidade do jogo é descobrir como funciona a sua engenhosa mecânica, assente nos princípios do Mancala. Quem já jogou, considera-o genial, assim como “mentalmente desgastante”…

As ações em Trajan, consistem em 6 tipos: construir, comercializar, apanhar fichas do Fórum, usar o poder militar, influenciar o senado e colocar fichas de Trajan no tabuleiro pessoal.

Bem à moda de Feld o jogo tem demandas exigentes e é preciso estar sempre atento às necessidades do público no Fórum para assim evitar penalizações (quem não se lembra dos ratos de Notre Dame?).

Este promete ser um hit entre os mais hardcore e amantes de euros.


Takenoko


Neste momento até apetece dizer que Feld está para os euros como Bauza está para os best sellers lúdicos. Takenoko chegou com pezinhos de lã sem ninguém dar conta e já anda na boca do mundo. Com a conquista do Jogo do Ano Complexo (KdJ) na Alemanha, o maior sucesso de Antoine Bauza catapultou-o para outro nível de reconhecimento internacional.

Takenoko é um jogo familiar com todos os ingredientes misturados em doses certas para agradar a um público generalista que gosta de jogar descontraidamente um jogo de 45 minutos sem grandes dispêndio de energia intelectual e cheio des beau morceaux ao nível dos componentes. Bom, está aqui um caldinho que talvez traga o tão sonhado (secretamente) SdJ 2012

Os ingredientes estão todos lá, com eles somos transportados para o Japão Imperial, e confrontados com a árdua missão de sustentar um panda gigante, oferecido como prenda ao Imperador pelo seu homologo chinês, fruto da paz que reina entre as duas nações.

Com um novo habitante no palácio, o Imperador deu ordens para que os seus criados (os jogadores) cuidem do simpático animal, providenciando-lhe a comida (bambu) necessária para que se alimente convenientemente!

Os jogadores serão portanto “agricultores”, preocupando-se em cultivar, irrigar e cuidar das três variedades de bambu (rosa, verde e amarela), que, com a preciosa ajuda do jardineiro imperial, irão florescer nos jardins reais e servirão de alimento ao insaciável bicho!

Uma proposta lúdica que certamente irá fazer correr muita tinta…


Santiago de Cuba


A Eggertspiele descobriu um filão quando editou o jogo Cuba no ano de 2007, de lá para cá este é o terceiro jogo abordando a mesma temática – Cuba!

Neste jogo, a editora alemã procura oferecer uma versão mais light do primeiro título desta triologia (Cuba, Havana e Santiago de Cuba) propondo-nos um jogo com uma duração “familiar” de 45 minutos, onde o nosso papel é fazer os melhores negócios possíveis com as personagens carismáticas das ruas de Santiago, de forma a obter os preciosos recursos que faremos embarcar no navio, que os aguarda serenamente no porto da cidade.

Corrupção, lobbies e lavagem de dinheiro fazem parte da vida de um jogador em Santiago de Cuba (salvo seja!).

O jogo é simples e vive da flexibilidade no planeamento das ações por parte de cada jogador. Uma vez mais as ilustrações foram entregues a Michael Menzel e este teve o cuidado de manter a bitola alta, não deixando de vincar o traço comum aos anteriores títulos da triologia.

Adicionalmente disponiblizo-vos também as regras em português para ser mais fácil – AQUI.


Walnut Grove


Walnut Grove é um jogo que poderá passar ao lado de muita gente mas nem por isso merece o esquecimento. Pessoalmente sinto-me tentado em o experimentar e quem sabe, até comprar.

Neste jogo somos camponeses numa aldeia norte americana (eternizada pela série americana Uma Casa na Pradaria) em busca dos recursos. O jogo passa-se no período de 8 anos e em cada ano os jogadores jogam as 4 estações do ano (3 delas em simultâneo).

O jogo tem a característica de poder ser jogado em solitário o que agrada a muitos daqueles a quem escasseia a companhia para jogar.

Para os muito interessados em conhecer o jogo é possível ver um vídeo explicativo no BGG, feito pelo staff do próprio site americano.

Link do vídeo -> AQUI


Hawaii


Este jogo marca a estreia do criador Greg Daigle na alta roda dos jogos de tabuleiro com uma entrada pela porta grande, sendo editado pela conceituada Hans im Glück. Só o facto da editora abrir as portas a este rookie indicia que estaremos perante um excelente jogo. A crítica ainda não “encontrou” este jogo e por isso os ecos sobre as suas qualidades ainda não são muito notórios na blogosfera. Todavia já os há!

Hawaii é um jogo de estratégia moderado que acomoda jogadores regulares e outros menos, e que nos convida a tornar a nossa parte da ilha, o mais rentável possível.

Servido por um material e grafismo muito atraentes, com a chancela de Dennis Lohausen, Hawaii será um candidato natural à categoria de jogo do ano em muitas paragens lúdicas…


Covert


Covert é mais uma aventura do simpatiquíssimo duo Luísa Monteiro/Rui Alípio da Criações a Solo. Covert é um jogo para crianças ao qual os pais não ficarão indiferentes. A empresa nacional pegou num mecanismo conhecido: papel, pedra, tesoura ; juntou-lhe mais um elemento: o fio e aplicou-lhe um suporte físico (tabuleiro e marcadores ilustrados). Uma receita que dá origem a um jogo simples mas muito imersivo, que nos “agarra” e nos faz perder a noção do tempo enquanto o jogamos.

Embora sendo conceitos diferentes, comparo-o ao Can’t Stop, não nos mecanismos, como já referi, mas na qualidade única que alguns jogos têm de nos envolverem no entusiasmo de os jogarmos, encadeando partidas, umas atrás das outras.

Testamos o protótipo no ano passado na RiaCON e percebemos logo que estava ali um belíssimo jogo infantil com imensas potencialidades como gateway. Para lá do aspecto lúdico, Covert tem uma componente didática muito forte, sendo por isso um bom instrumento para explorar em contexto escolar. Por isso, chamo a atenção de todos os professores para estarem atentos a este jogo, pois poderá ser um recurso interessantíssimo em contexto de sala de aula.

Agora chegou o momento de o testar na versão final, que surgirá já neste primeiro semestre do ano, e confirmar o seu enorme potencial.


CO2


De Vital Lacerda tudo se pode esperar e este novo título é uma prova de fogo para o criador. Quando se começa a carreira com um jogo como Vinhos, é complicado editar um segundo jogo, a fasquia está elevadíssima. O homem saltou 6 metros e agora ninguém lhe pede menos que isso… CO2 encarregar-se-á de nos provar que não há razões para duvidar da genialidade do criador português.

Embora ainda muito pouco conhecido, este novo título saíra, segundo o que tudo indica, na próxima feira de Essen, e abordará o tema das emissões de Co2 para a atmosfera, inserindo-se num nicho temático pouco explorado: o ambiente.

O jogo promete várias horas de jogo e aquecimento cerebral. Na mesma linha de Vinhos, este CO2 será “durinho” e exigirá bastante planeamento e alguma capacidade estratégica para ser bem jogado. Os amantes dos jogos mais complexos terão certamente mais um exemplar à altura.


Kanban


2012 será um ano em contra ciclo com a crise económica nacional no que diz respeito ao lançamento de jogos made in Portugal, e Vital Lacerda será o expoente máximo desse contra ciclo uma vez que lançará dois jogos este ano. Kanban é um jogo económico baseado no processo de produção industrial onde “menos é mais”.

O jogo coloca o jogador no papel de um trabalhador da indústria automóvel que terá de otimizar tempo e recursos, procurando produzir muito com poucos recursos, sem comprometer a qualidade do seu produto. Os mais bem sucedidos nesta missão subirão na escala hierárquica da empresa, e consequentemente terão mais proveitos.

A seguir com muita atenção.


Madeira:Pearl of Atlantic


Mais um projeto português desta feita da dupla Soledade/Sentieiro, dois jogadores que decidiram agora enveredar pela “carreira” de designers. O jogo é um completo desconhecido para mim, mas nem por isso deixo de ter curiosidade de saber o que nos reservam tão ilustres senhores.

Conhecidos pelos gostos muito refinados quanto a jogos, passarão agora para o “outro” lado, e serão eles os alvos da crítica. Certamente serão boas, atendendo à “anamnese lúdica” destes dois, bem aí um jogo espesso e cheio de “xixa”.


Ragami


Ragami é um jogo original da Mesaboardgames que aborda a temática dos anjos da guarda.

No jogo somos anjos da guarda que procuramos resolver problemas na Terra. O objetivo do jogo é ganhar o máximo possível de pontos de virtude (!) quer pela resolução de conflitos, quer fazendo desaparecer demónios, quer ajudando outros Ragamis ou sendo o Ragami mais assertivo.

O conceito é original e por isso este Ragami será certamente um jogo a experimentar em 2012.


KOCMOC


Outra novidade da Mesaboardgames que aparecerá por altura da feira de Essen é: KOCMOC.

Em KOCMOC os jogadores são cadetes num programa espacial que almejam chegar à elite da Força Espacial, para isso têm de demonstrar a sua perícia no controle das naves espaciais e na resolução de problemas de vária ordem gerados pelos instrutores, em ordem à obtenção do tão desejado ingresso.

Os jogadores têm de completar missões fazendo voos aos diferentes planetas do sistema solar e escolhendo as rotas mais convenientes. Em função dessas escolhas de voo é que os jogadores irão ganhar pontos de experiência, essenciais para ganhar o jogo!

Bem e por este ano estão feitas as previsões… em dezembro faremos o balanço!

(fonte)

Carlos Abrunhosa reside em Aveiro, Portugal e é professor de profissão. Adora jogos de tabuleiro e para lá do JogoEu, é organizador de eventos como o Jigajoga e o RiaCON.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O difícil é escolher… (Parte I)

Por abruk do blog JogoEu

Com o boom das novas editoras de jogos um pouco por toda a Europa, a feira de Essen (maior mostra mundial de jogos de tabuleiro) assemelha-se cada vez mais a um labirinto onde é preciso ter tudo muito bem estudado antes de entrar!

Encontrar os melhores jogos na feira de Essen, para os poder comprar, é agora como encontrar uma agulha no palheiro, tantas são as ofertas. Para se ter uma noção das proporções, estima-se que este ano estejam em Essen mais de 700 novos jogos! Com este volume oferta é mesmo preciso selecionar com muito critério, ou então, ter um bolso muito fundo…

A pensar nisso vamos destacar alguns jogos que têm merecido destaque nas mais variadas listas de compras que se “acumulam” nas Geeklists (uma espécie de lista dos desejos) do BGG.

Boa viagem…

Tournay
Tournay é um jogo de cartas criado pelo trio que venceu este ano o prêmio JUG (Troyes), e o JdA do grupo SpielPortugal entre muitas outras distinções pelo mundo fora, daí que a expectativa relativamente a este novo trabalho seja grande.


Basicamente a pequena editora belga entrou no mundo da edição de jogos de tabuleiro pela porta grande, com Troyes, e agora tem uma prova de fogo com este novo jogo. Apostaram na máxima de “equipa que ganha não se mexe” e mesmo as ilustrações de Tournay obedeceram à velha máxima, tendo sido entregues ao mesmo ilustrador (Alexandre Roche).

Discworld: Ankh-Morph
Há designers de jogos que têm a reputação tão elevada entre a comunidade de jogadores que qualquer criação sua começa logo a corrida na cabeça do pelotão, é o caso de Martin Wallace. Este britânico tem criado uma obra lúdica assinalável, geralmente focada em jogos económicos, verdadeiramente “para adultos”. Jogo de complexidade elevada muito direcionada para jogadores regulares e experientes.


Este ano, entre vários projetos que apresentará em Essen, destaca-se Discworld: Ankh-Morph. O jogo conjuga dois ingredientes bombásticos, o primeiro é o génio criativo de Wallace e o outro é a obra admirável de Terry Pratchett assente na série Discworld, que tanta reputação trouxe ao segundo maior escritor inglês em volume de vendas.

O encontro entre os seguidores de Wallace e de Pratchett poderá ser a combinação perfeita para mais um sucesso de vendas da editora de Martin WallaceTreefrog Games.

Urban Sprawl
Este jogo da GMT Games será concerteza do agrado dos gamers mais “pesados”, que apreciam jogos mais densos e complexos. Da autoria de Chad Jensen, este jogo coloca-nos a desenvolver uma cidade “à la Sim City“. O conceito pode agradar de imediato aos fãs do jogo de computador, mas na verdade não partilha mais do que o conceito. O jogo coloca-nos nas mãos imensas tarefas relacionadas com a construção e gestão de uma cidade.


Um valor seguro mas tendencialmente vocacionado para um público mais experiente.

Santiago de Cuba
Mais um jogo para amantes de euros. Santiago de Cuba é um produto que parece saído de um livro de receitas: pega-se num autor da casa e com nome na praça (Michael Rieneck), povilha-se com um conceito de sucesso (Cuba e Havana) e no fim decora-se com as sempre maravilhosas ilustrações de Michael Menzel. Et voilá!


Um jogo que se inspira nas anteriores criações do autor, bebendo do mesmo tema e sendo servido pela mestria do traço de Menzel. Este é um projeto que certamente será consensual no reinos dos Euros e que por isso mesmo despertará muito interesse este ano em Essen.

A Eggertspiele parece ter encontrado aqui uma fórmula de sucesso e um filão ainda com muito minério por explorar…

Ora et Labora
Tal como Martin Wallace também Uwe Rosenberg tem a capacidade de vender só pela inscrição do seu nome numa caixa de cartão, ou pelo menos por induzir à sugestão de comprar… (coisa doentia!)


Este novo trabalho de Uwe esteve, ainda como protótipo, na última edição do LeiraCON, onde o autor foi convidado de honra, no entanto os ecos dos playtests que realizou em terras lusas, não foram muito expressivos. No entanto, conhecendo o trabalho do autor, só se pode esperar coisas boas dele.

O jogo coloca-nos no papel de diretor de um mosteiro medieval cuja missão é adquirir terrenos e construir edifícios em prol da ordem religiosa a que presidimos.

Os últimos jogos de Rosenberg são um excelente cartão de visita para este jogo “orelhudo”, recheado de estratégia e diversas formas de o vencer. Um jogo que merece a atenção de todos os que gostam de bons jogos.

(fonte)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Co-op Eggertspiele/Pegasus Spiele

Por abruk do blog JogoEu

As duas empresas anunciaram que estabeleceram uma parceria pontual na produção e distribuição do novo jogo de Michael RieneckSantiago de Cuba.


A empresa de Peter Eggert e Philipp El Alaoui continua assim a firma relações de cooperação entre outra empresas para difundir os seus jogos, lembre-se que já em janeiro a Eggertspiele tinha anunciado a cooperação estratégica ao nível da distribuição com o gigante Amigo Spiele.


Já o ditado popular diz:”Se não os vences junta-te a eles!“

(fonte)