Tinco é um título muito especial para nós. Ele é o primeiro jogo criado especialmente para a FunBox!
Você e seus amigos nunca rirão tanto com um jogo! Ele consegue ser mais hilariante que Dancing Eggs, Kragmortha e Cash 'n Guns juntos! :D
E para saber mais sobre Tinco, nada melhor que uma entrevista com o designer Gustavo Nascimento da Hidra Games!
FunBox: Olá Gustavo! Você pode nos contar um pouquinho a respeito de Tinco?
Gustavo: Tinco é o segundo lançamento da Hidra Games, e inaugura a série de jogos descontraídos, os quais terão foco na diversão. Ele é muito barulhento, dinâmico e foi feito para ser absolutamente portátil, fácil de levar para qualquer lugar. As cartas são de PVC em boa espessura, e quem comprá-lo com toda a certeza vai querer andar com ele a tiracolo, para garantir a diversão em escolas, faculdades, e etc. Sinceramente, é um jogo apaixonante e muito divertido.
FunBox: O que torna Tinco tão divertido assim?
Gustavo: Ele tem uma magia própria por causa do conjunto muito bom de mecânicas reunidas que proporcionam experiências muito diferentes. Ele reúne: blefe, ação simultânea, negociação, agilidade e ação em tempo real. Além disso, ele é um jogo muito rápido e muito barulhento.
O tempo passa sem que os jogadores percebam porque é sempre a sua vez, e você não tem tempo para pensar direito, apesar de ter que estar de olho nas suas cartas e nas fichas que estão sobre a mesa, além de tentar rastrear o Trinco e tentar perceber aonde estão as cartas que te faltam para completar um Tinco.
FunBox: Qual é o número ideal de jogadores nesse título?
Gustavo: Quanto mais jogadores melhor e mais divertido, mas isto não é problema porque é muito fácil arrumar jogadores para ele. As regras são muito fáceis, e as risadas são tão grandes que mesmo amigos e familiares que não estão acostumados a jogar nada aceitam conhecer o jogo. Em todos os playtestes realizados as testemunhas sentiram-se atraídas pelo jogo. É muito fácil arranjar jogadores para jogos divertidos e de regras simples.
FunBox: Como surgiu a idéia de Tinco?
Gustavo: Esta é uma longa história. Há muitos anos eu observo pessoas jogando e vivo pensando coisas do tipo “- porque elas estão se dedicando a esta atividade?”, “porque escolheram este jogo?”, “porque gostaram deste jogo?”, “ porque pegaram este jogo da prateleira?”, “O que leva alguém a comprar um jogo?”, “O que leva alguém a conhecer um jogo que não conhece?”, “Qual foi o argumento que convenceu aquele grupo de pessoas a ir jogar um jogo?” , e mais questionamentos nesta linha.
Devido a isto, eu passei a ter uma certa sensibilidade para saber em um determinado grupo de pessoas qual é o jogo que as pessoas vão gostar e porque, ou se não vão gostar porque não vão. Basicamente, quando as pessoas vão jogar alguma coisa estão em busca de diversão.
Pelo menos no Brasil, a diversão está diretamente associada a humor e risadas. As pessoas que estão procurando um jogo descontraído querem motivos para rir, e querem evitar coisas que consideram chatas, como regras complexas, cálculos matemáticos, disciplina, aguardar a sua vez sem fazerem nada, esse tipo de coisa.
Com frequência ouvimos por aqui que as pessoas não jogam para ganhar, mas sim para ferrar o adversário. No dominó, por exemplo, as pessoas jogam para fazer o outro passar, no buraco é para fazer os outros ficaram com pontos negativos, no gamão é dar um “gamão” no adversário, e assim por diante.
No Brasil, as pessoas gostam muito do CanCan da Grow, por exemplo, porque ele é simples, divertido, independente de linguagem e permite você prejudicar o outro jogador. O grande momento dele é quando alguém tem apenas uma carta e precisa comprar mais 4.
De posse de todos estes conceitos passei a buscar jogos que fossem interessantes, que não tivessem “coisas chatas” e tivessem apenas coisas divertidas.
A versão final das regras só cheguei mesmo em playtestes com o pessoal da FunBox, que queriam um jogo que representasse a loja, e sugeri este, porque era o jogo mais divertido que eu tinha. No primeiro playteste todos se entusiasmaram demais, e se apaixonaram pelo jogo.
FunBox: E de onde saiu o nome do jogo?
Gustavo: Este nome quem sugeriu foi o Wagner da FunBox. Ele havia visto um vídeo de humor no Youtube de um chinês que vendia guarda-chuvas e não falava “cinco”, falava “tinco”. Como o jogo todo é divertido, achei que esta origem do nome tinha a ver com a proposta dele, além disso, é simples e divertido.
FunBox: Ouvimos rumores de que dá pra jogar Tinco até dentro de uma piscina. É verdade?
Gustavo: Sim, Tinco é um jogo divertido até de baixo de água, aliás, muito divertido de baixo de água!
As fichas ficam boiando e quando as pessoas vão pegá-las vai água para todos os lados, todo mundo fica olhando e querem conhecer, e saber onde podem comprar. É hilário!
O jogo todo é lavável: se cair refrigerante nele, você o lava e pronto: está pronto para jogar novamente.
A caixa dele também é de plástico PVC soldado, muito resistente e à prova de água. É o tipo de jogo que você pode levar até no bolso da sua calça jeans que nem a caixa e nem as cartas vão estragar.
FunBox: Conte-nos um pouco de como foi o processo de playteste até chegar na versão final das regras.
Gustavo: Antes de eu levar um jogo para playteste com outras pessoas, fico muito tempo jogando sozinho e pensando em como melhorá-lo. Alguns jogos eu nunca cheguei a apresentar para playteste a público, porque não considero que estão bons, e ainda não cheguei no jogo.
Eu considero que tenho minha “reputação” a zelar, e só vou publicar jogos que sejam realmente muito bons. Se eu não gostei muito de um jogo não levo para playteste, e me recuso a publicar algo que não esteja interessante, mesmo que seja um print and play.
Este sempre foi um jogo de muito sucesso entre o público. Quando cheguei nele, imaginava que ele proporcionaria boas experiências. Desde o primeiro playteste há 6 anos, as pessoas gostaram demais e ficaram muito tempo jogando e dando risadas. Foi na FunBox que ele assumiu este formato final. Por várias vezes eu coloquei um tema aliado à esta mecânica, mas os jogadores preferiam ele puro mesmo, sem nenhum tema. Para mim é uma grande alegria poder apresentar este jogo a público.
FunBox: Apesar de Tinco ser um jogo de cartas, ele não foi feito com material de cartas normais. Por que? Você pode nos contar como foi encontrar o material correto para o jogo?
Gustavo: Durante as partidas de playteste, as cartas sofriam muito: eram arrastadas pela mesa, batiam umas nas outras, os jogadores disputavam a sua posse. As cartas sujavam muito, amassavam, molhavam de suor e até chegavam a rasgar nos cantos. Esta era a única coisa que os jogadores reclamavam, e todas as vezes eu precisava trocar as cartas para o outro jogo.
Por causa disso, quando decidi publicá-lo queria um material que fosse resistente, e que fosse apropriado para a jogabilidade do jogo. Sempre ouvi dizer que algumas empresas nacionais fazem um jogo com material porcaria para estragar e precisarem comprar novamente. Isso para mim é um absurdo: queria um jogo que as pessoas usassem e se divertissem por muitos e muitos anos.
Pedi ajuda do Alessandro e juntos testamos muita coisa, mas cada uma dava um problema, e a questão do custo era sempre uma luta constante: cartas, papelão, placas de madeira, alumínio, fórmica, fichas, até que o Alessandro encontrou as cartas de PVC de uma gramatura que aprovei na hora que fiz os primeiros testes de resistência. Depois, houve outra etapa que era a melhor maneira de imprimir nas cartas, a um custo compatível com a realidade e poucas peças de produção.
FunBox: Quais foram os maiores desafios neste projeto?
Gustavo: Sem dúvida, a parte mais difícil foi a de encontrar um material certo e fornecedores para poder imprimir as cartas em baixa quantidade e a um custo de produção viável em pequena quantidade. Fiquei muito satisfeito com o resultado e acredito que haverão mais jogos neste material, pois ele é excelente.
FunBox: Quais são suas expectativas com relação ao jogo?
Gustavo: Tinco é um jogo apaixonante: ele sempre foi um sucesso, e acredito que ele irá ter boa saída. Gostaria que as pessoas o comprassem para que nós pudessemos viabilizar a produção de nossos outros jogos.
Curioso sobre este super título da FunBox? Venha conhecê-lo na BGCon!
E lembre-se que as 30 primeiras pessoas que assinarem nossos novos planos ganham uma cópia de Tinco?
Sobre a BGCon:
- O Que: A Primeira BGCon
- Quando: 9 e 10 de Julho
- Onde: Colégio Santa Amália, no Metrô Saúde (clique aqui para mais informações)
- Quem: Você! Ou vai perder?
- Por que: Porque gamer que é gamer não vai perder o maior evento de jogos de tabuleiro do ano!
- Quanto: R$15,00 por dia (antecipado) e R$30,00 na hora (clique aqui para mais informações).
Estou realmente curioso pra conhecer esse jogo. Tenho impressão de que vou adorá-lo. Ele estará à venda na BGCon?
ResponderExcluirFinalmente terei a chance de conhecer a galera da Funbox! Parabéns por todos os ótimos posts do blog! (não tenho comentado, mas continuo lendo quase todos os dias). Abraço!