sábado, 5 de novembro de 2011

Virgin Queen - Preview

Pela equipe do blog Spiel Portugal


Esta é uma preview especial. Estou a escrever isto sem ter jogado o jogo. Este é um texto para todos aqueles que não sendo malucos, como eu, não querem ler as 44 páginas de regras. Mesmo assim, este texto só poderá ser corretamente interpretado pelos nossos leitores (sim, vocês os 2), que já tenham jogado Here I Stand… oopps, parece que o texto afinal não serve para ninguém. Seguindo.


Genericamente

Virgin Queen é um jogo de Ed Beach, depois do aclamado Here I Stand. Este jogo é uma sequela do HiS, mas no fundo o jogo acaba por ser igual, ou pelo menos muito parecido. Partilha as mesmas mecânicas, mas com algumas variantes. A tentativa é baixar o tempo de jogo e sobretudo baixar o tempo que cada jogador espera para que os outros executem as suas ações. Por vezes, no Here I Stand, tinhamos que ficar a aguardar para que as lutas religiosas (que pouco importavam aos Major Powers que não Protestantes e Papa) se resolvessem. Não consigo afirmar que isso seja uma realidade em Virgin Queen, mas aparentemente isso foi conseguido. Mas mais detalhes sobre as principais diferenças se seguem.


Novidades

Muita coisa. Primeiro, o mapa. É agora um mapa mundo em que as descobertas são feitas através de navegação. Calma, já explico tudo. Além do Mapa existem também uma pequena alteração nos poderes que entram em jogo (Major Powers). O Hapsburgo é “reduzido” a Espanha e o Papa sai para ser trocado pelo Holy Roman Emperor (a parte Austriaca, Hungara e Alemã dos Hapsburgos).

Nos counters existem também algumas novidades, com capitães a serem adicionados, que podem funcionar como os antigos exploradores do HiS ou então como capitães navais a comandar frotas nos mares da Europa. Aqui também existem novidades. Aos antigos barcos e corsários que existiam no HiS juntam-se agora mais 2-3 tipos de barcos. Uns melhores para o mediterrâneo, outros para o Atlântico. A fase de construção naval deixa de ser uma mera troca de barcos por CP’s e passa também a ser uma escolha estratégica. Existem ainda barcos que servem apenas para fazer escoltas de tesouros vindos das colônias para a Europa… Humm e como funciona isso.

OK, OK, eu explico.

A navegação maritima pelo mundo é feita como uma navegação normal no HiS. 1 CP e moves todos os barcos. A ideia é que agora se mexem também os barcos pelo novo mundo. Passar por alguns pontos, normalmente entre mares pode provocar um lançamento de dados (à là Struggle of Empires). Um barco pode afundar ou ficar danificado nestas passagens. É assim que se fundam as colônias. Elas são transportadas de barco para certos sitios. É assim também que se vão buscar as riquezas do Novo Mundo. Mais temático, sem dúvida. Claro que as riquezas estão sujeitas a pirataria. Aqui surge outra das diferenças. Todos os poderes podem fazer pirataria (no HiS só o Otomano o poderia fazer), se bem que o Otomano não está tão restrito nesta ação.



Mas o que é que é VERDADEIRAMENTE novo?

  • Casamentos - Assim, novidade mesmo são os casamentos. Esta foi uma mecânica introduzida para simplificar a fase diplomática para os novatos. Com os casamentos os jogadores podem receber alguns beneficios e VPs.
  • Conversões - Outra àrea que foi expandida foi a guerra religiosa. Agora quase toda a gente faz as conversões religiosas. Com a despromoção do Papa a Minor Power, agora cabe a franceses e espanhóis lutarem pela fé cristã, contra o protestante e o inglês. A forma como as conversões são feitas é também uma novidade. Parece-me mais rápido e intuitivo. Tenho alguma “fé” nesta parte.
  • Home Cards – Aqui também há uma novidade. Ou seja, cada poder continua a ter uma (ou mais, mas geralmente uma) Home card por turno, mas cada 1 tem mais que uma home card, e no inicio do turno escolhe qual irá utilizar… assim a Home card é agora também uma surpresa ;)
Em termos de cartas há um tweak que eu achava necessário. As cartas de Foreign War passam a ser mais penalizadoras. Quantas vezes não vemos 5 tropas do Otomano ficarem na carta da Guerra na Pérsia até ao final do jogo. Aqui também existe essa carta, mas enquanto a guerra não for resolvida, o poder que tem a guerra no estrangeiro perde uma carta por turno.

Além das cartas existem agora também tesouros, que são uns counters que fazem de cartas e que podem ser jogados com algumas restrições como se de cartas se tratassem. Num turno jogamos uma carta e podemos adicionar um tesouro para termos mais CPs. Exemplo: Jogo uma carta de 3 CPs e um tesouro também de 3. Vou ter 6 CPs para usar nesta action round, mas… se com a carta executar acções castanhas (comprar tropas) e verdes (mover tropas) com os CPs do tesouro terei que executar acções de outras cores, tipo azul para acções maritimas.


Parece que é… mas não é

Agora, o que parece novo, mas acabam por ser remakes de mecânicas utilizadas no Here I Stand é o pão nosso de cada dia em Virgin Queen.

O Otomano tem que lançar um dado para construir o Canal do Suez? Hum… parece muito a cópula do Henrique para ter um filho.

A Carta do Inglês permite ir buscar uma carta ao discarte? Humm isto tem escrito Protestante por todo o lado.

O Patrocinio de artistas e escritores arquitetos e demais sábios, ciência, etc… Isto são as descobertas do Novo Mundo em Here I Stand. Sendo que o aproveitamento e o tema aqui brilham. Além disso os avanços cientificos possibilitam DRMs em outras areas, o que está muito bem conseguido. Como por exemplo, se o Otomano conseguir descobrir a ciência da Escavação, passa a ter +2 ao dado quando tenta construir o Canal do Suez.., Muito bom.

Espionagem e Assassinatos é um aproveitamento dos debates religiosos do Here I Stand. Mais uma vez um mecânismo que assenta que nem uma luva. Pontos de vitória e outros beneficios por algo muito comum na época… ainda por cima é algo que é expandido para todos.


Mais do Mesmo

Tudo o resto é mesmo igual. Diplomacia, Spring, Winter, combates, movimento, etc, até mesmo as condições de Vitória. Os movimentos maritimos estão ligeiramente diferentes, mas apenas devido ao fato já mencionado de existirem mais tipos de embarcações. O resto é mesmo igual.



O que eu gosto…

Ora bem, Portugal agora entra em cena. Somos um Minor Power e dos 7-8 tesouros que entram em jogo por turno… 3 são nossos. Além disso a já referida penalização das foreign wars o aproveitamento de muitas mecânicas do HiS para esta época, como o patrocinio dos artistas que parece mais, que um assentar perfeito de uma luva. Parece que foram mecânicas criadas para este jogo só que foram utilizadas em jogos anteriores. Os DRMs da ciência…muita coisa.

Além de todos os pontos já aqui referidos, existem muito mais coisas... apenas mencionei o que achei mais relevante. Agora temos é mesmo que esperar por março... ou por volta disso.


Opinando

Parece-me que se aproveitou o que era bom no Here I Stand e ainda se acrescentaram alguns pontos interessantes, como os artistas, os casamentos, etc…, mas, se eu fosse um gajo razoável não comprava o jogo. No fundo este é um Here I Stand com outro “feel”. O número de vezes que se joga Here I Stand já quase não compensa ter o jogo. Agora comprar outro jogo igual é absurdo.

Sem jogar… já tem 9/10

(fonte)

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