E está chegando o lançamento de um dos jogos nacionais mais esperados de 2012!
Estamos falando de Deterrence: Equilíbrio do Terror, é claro!
Anos 1960... No auge da Guerra Fria, os Estados Unidos e a União Soviética ampliam seus arsenais, numa veloz corrida em busca da deterrence — a intimidação do inimigo pelo medo de ser destruído caso ouse deflagrar uma guerra nuclear.
Deterrence, de Paulo Santoro, é um jogo que simula o delicado equilíbrio do terror. Cada jogador assume o papel de uma das superpotências e desenvolve sua força bélica para tentar vencer uma eventual guerra nuclear — ou para chegar ao período de paz com a maior quantidade de recursos poupados. Em um grande jogo de estratégia, lógica e dedução, os jogadores colocarão à prova todo o seu sangue-frio e sua diplomacia para evitar o conflito. Ou garantir que seu lado emerja vencedor.
O título é inovador em vários sentidos. É um jogo de guerra, mas ao contrário de outros jogos do tipo, onde a enfase são os ataques em sequência, aqui, um único ataque acaba com o jogo e determina o vencedor, representando bem o terror da guerra nuclear, onde não existe meio termo. O vencedor, não necessariamente, é quem efetuou o ataque, e a chance de seu próprio país ser destruído, ao apertar o “botão vermelho”, é tão grande quanto a de vencer a guerra.
Deterrence é um jogo de blocos, tipo inédito no mercado nacional, e como todo jogo de blocos, inclui muita dedução e lógica para tentar adivinhar qual o plano do inimigo e se armar para a defesa. Mas como um bom jogo ambientado na época em que conhecemos James Bond, cada jogador pode contar com espionagem e contra-espionagem para ajudar a descobrir ou confundir ainda mais o adversário.
É um jogo histórico, e como no mundo real, nem sempre é necessário um ataque nuclear para encerrar o conflito. Se ao final de um período de jogo, não houver nenhum ataque, o lado com mais dinheiro poupado ao longo da guerra é declarado o vencedor. E se um jogador ousar baixar seu orçamento suficiente para economizar recursos, pode tentar declarar a vitória econômica antes do tempo, mas se torna vulnerável a um ataque, aumentando ainda mais as possibilidades deste vibrante jogo.
Deterrence de Paulo Santoro é um jogo de guerra em que o ataque é a ultima opção, mas muitas vezes, o caminho para a vitória.
E claro, que a FunBox fez uma entrevista com o criador do jogo, Paulo Santoro! Confira:
FunBox: Olá Paulo! Primeiramente, parabéns por este super título! Temos certeza de que ele será um grande sucesso nas mesas! Você pode nos contar um pouco de onde saiu a ideia de criar Deterrence?
Paulo: Muito obrigado pela oportunidade e pelas palavras! A ideia me ocorreu há bastante tempo, em 1993, quando li um artigo sobre o problema dos antimísseis na Guerra Fria. Achei curioso que os antimísseis, criados para salvar vidas, eram considerados mais perigosos que os mísseis destruidores, porque, assim que um lado se considerasse suficientemente defendido, ele iniciaria um ataque. Isso me pareceu muito interessante para um jogo, cheguei a fazer umas anotações na época. Mas foi só em 2009, quando comecei a conhecer os jogos modernos, que a vontade de desenvolver o jogo realmente veio.
FunBox: Por que o jogo tem esse nome?
Paulo: O primeiro nome que pensei para o jogo foi “Dr. Strangelove”, em referência ao magnífico filme de Stanley Kubrick, em que podemos sentir toda a tensão do problema ataque-retaliação. Acontece que nem sei como faria para conseguir permissão para usar o nome. E então, enquanto estava pesquisando sobre o tema, conheci essa palavra que me chamou muito a atenção. Embora seja um termo em inglês, sua origem é latina. Em português, até existe o equivalente “detença”, além da forma antiga “deteença”, ou seja, de sonoridade bem semelhante. “Deterrence” passou a ter um uso especificamente voltado para o problema nuclear da Guerra Fria. As superpotências não se atacaram, na história real, exatamente em razão da deterrence, quer dizer, por causa do medo de sofrer uma terrível retaliação. Essa situação é central na mecânica do jogo, então achei que o nome era apropriado.
FunBox: Em sua opinião, o que faz Deterrence replicar tão bem no tabuleiro a tensão da Guerra Fria?
Paulo: A mecânica faz com que se mantenha sempre uma pequena dúvida em relação ao exato cenário construído pelo adversário. A informação não é completa, mas você também não está às cegas. Você sabe que pode ser atacado a qualquer momento, e precisa se preparar para as várias possibilidades: de onde exatamente virá o ataque? A qual cidade exatamente? E com que poderio exatamente? Você só sabe “mais ou menos”. Felizmente, os relatos das pessoas que jogam é que essa tensão existe e é muito divertida.
Tabuleiro do jogo |
FunBox: Com qual lado você prefere jogar? EUA ou USSR?
Paulo: Pois é, o jogo é ligeiramente assimétrico. Mas não tenho preferência. Cada lado tem sua estratégia mais “natural”, mas é sempre possível enganar o adversário e partir para uma estratégia menos natural e que também acabe funcionando.
FunBox: Paulo, muito obrigado pela entrevista e novamente desejamos muito sucesso ao jogo! Para finalizar, você tem planos de lançar mais jogos no futuro?
Paulo: Tenho planos, sim. Há mais um jogo sendo finalizado para publicação, e estou desenvolvendo outros para o futuro. Esta não é minha atividade principal, talvez nunca se torne, mas pretendo cultivá-la com muito cuidado. Obrigado!
Curioso para saber mais sobre Deterrence? Então fique ligado no nosso blog, pois em breve falaremos mais sobre este mega-lançamento da Ceilikan Jogos! E quem sabe deflagraremos uma Guerra Fria aqui no blog? [ )]
Enquanto esse título não é lançado venha na FunBox conhecer outros super jogos da Ceilikan, como Ouro de Tolo, Boolean, Pássaros e Samurai!!
Como bom mineiro, Wagner Rodrigues é viciado em pão de queijo. Respira jogos de tabuleiro, come tutu de dados com farinha de meeples no almoço e é um dos sócios da FunBox Ludolocadora, a primeira locadora de jogos de tabuleiro do país. |
Parabéns Paulo pelo lançamento do Deterrence. Ele agrega valor ao mercado nacional de jogos!
ResponderExcluirUm Abraço,
Marcos Macri
O negócio agora é esperar pela qualidade do material que a Ceilikan vai utilizar... o jogo parece ser realmente muito interessante
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