segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Análise: Runewars

Por Ricardo Stávale

Como todos os outros jogos da Fantasy Flight Games, o Runewars é cheio de componentes, variedade de miniaturas, visual fantástico e uma quantidade enorme de detalhes nas regras.


Em Runewars, 2 a 4 jogadores controlam facções de exércitos de fantasia na terra de Terrinoth.

      

O primeiro jogador que controlar seis áreas contendo runas de dragão imediatamente vence a partida. Cada jogador inicia o jogo com 2 runas de dragão e pode adquirir mais runas conquistando áreas dos oponentes, obtendo cartas de Recompensa, cumprindo cartas de Objetivo e Desafios.

      

O tabuleiro é modular e deve ser montado pelos jogadores no início do setup. A combinação dos hexágonos deixa o mapa com um formato nada convencional.

      

Para nosso primeiro jogo estava o Emerson (dono do jogo e o único que leu as regras), eu, o Vegeta e o Thiago. As regras foram explicadas pelo Emerson em quase 90 minutos (muitos detalhes).


Jogamos com a quantidade máxima de participantes e cada um escolheu as seguintes facções: Emerson (Elfos), eu (Mortos-Vivos), Vegeta (Uthuks) e Thiago (Humanos).


Jogamos utilizando a expansão Banners of War, que acrescenta cartas de vários tipos e 2 tipos de unidades para cada raça. A expansão também acrescenta regras adicionais como o herói comandante que não entraram em nossa primeira partida.

      

Há peças de montanhas para serem encaixadas nos tiles dando um visual 3D ao tabuleiro. As miniaturas são bem legais, representando criaturas fantásticas das quatro raças jogáveis: Elfos, Mortos-Vivos, Uthuks e Humanos.

      

Toda vez que um jogador conquista uma runa de dragão, ele recebe uma runa falsa. Estas runas ficam espalhadas pelo tabuleiro dificultando a localização das verdadeiras. Os heróis não participam das batalhas normais com as unidades. Eles ficam andando pelo tabuleiro e cada jogador controla até 3 heróis simultaneamente. Estes heróis possuem missões separadas que fornecem runas de dragão ou recompensas que aumentam suas habilidades.


Criaturas neutras ficam espalhadas pelo tabuleiro. Uma unidade de qualquer facção que caia no mesmo local que uma criatura neutra escolhe combate-las ou influenciá-las para que se juntem ao seu exército.


O combate é feito por cartas de destino (Fate Cards) que possuem símbolos de acordo com a base da miniatura de cada unidade. As unidades possuem também iniciativa que ordenam o ataque. O resultado da carta para determinado símbolo causa dano direto em uma unidade inimiga, retira uma unidade inimiga da batalha ou habilita o uso de um poder especial.


Cada rodada de Runewars possui quatro estações (primavera, verão, outono e inverno). Após resolver os efeitos da estação, os jogadores devem escolher 1 das 8 cartas de ordem disponíveis. As Cartas de Ordem são numeradas de 1 a 8.

      

Ao resolver uma Ordem, se a carta jogada na estação anterior for menor que a atual, então ele pode utilizar um bônus de ação chamado de Supremacia, além da capacidade primária da carta. Com este bônus os jogadores são encorajados a utilizar suas cartas com numeração mais baixa antes de usar as cartas com números altos.

      

Em nossa partida, o Emerson com seus elfos expandiu rapidamente, com o caminho sem obstáculos no mapa. O Vegeta com seus Uthuks entrou em combate contra os elfos. Esta rixa é antiga entre eles e a mecânica de combate logo foi testada. No fim, os elfos levaram a melhor e quase dominaram as terras natais do Vegeta.


Os humanos controlados pelo Thiago fizeram alianças com criaturas neutras (dragão e homens-fera) que meteram medo em todos. Seu exército cresceu muito e ficou o mais forte no tabuleiro.

Esta peça só serve para medir o tabuleiro no começo do jogo...  Desperdício ou capricho???

Eu aproveitei da geografia do tabuleiro e logo conquistei duas cidades que me garantiram runas de dragão. Com estas runas, segurei o jogo e defendi as cidades com unidades de esqueleto e necromânticos.

      

Combinamos que o jogo acabaria em determinado horário mesmo se as 6 rodadas não tivessem passado. Era dia de semana e precisamos terminar cedo para não ficar cansativo. O dia seguinte era expediente normal de trabalho.


Foram 90 minutos de jogo com 3 rodadas e eu acabei vencendo com meus mortos-vivos. O exército forte dos humanos acabou o jogo com um espaço de diferença de minha área e se a partida tivesse se estendido com certeza eu teria perdido pelo menos uma cidade.

      

Um ponto forte no jogo são as votações que acontecem durante os eventos das estações. Os jogadores acumulam pontos de influência que são gastos nas votações.


Jogo bem legal, pesado, com duração de no mínimo 3 horas, divertido e com bastante interação principalmente nas votações. Recomendado para jogadores experientes, devido a seu grande número de detalhes nas regras.

Runewars
Nota
 Jogabilidade
8
 Ambientação
9
 Tabuleiro
10
 Componentes
9
 Diversão
8
 Nota Redomanet
8,80

(fonte)

Ricardo Stávale é caiçara de Itanhaém, arquiteto de sistemas, baixista e pai sem manual de instrução. Verdadeiro fã de jogos de tabuleiro e RPG, atualmente é responsável pelo blog Redomanet.

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