Depois de nossa matéria sobre o ePawn Arena, nosso amigo João do blog Confraria de Arton entraram em contato com a FunBox perguntando nossa opinião a respeito.
Gostaria de compartilhar com todos a nossa resposta. [ )]
Confraria de Arton: Qual a opinião de vocês sobre esta plataforma e de que forma isso poderá alterar o futuro dos boardgames?
FunBox: Olá João!
Acreditamos que esta e outras iniciativas que integram o mundo analógico com o digital será muito mais explorado no futuro. É vantajoso tanto para quem produz quanto para o consumidor final.
Do ponto de vista do consumidor, é fato que pais preferem jogos analógicos para jogarem com a família aos digitais (onde quase não há interação social entre a família). Muitas famílias procuram a FunBox dentro deste cenário.
Muitos de nossos clientes, mesmo sem jogarem com crianças, também acabam preferindo a sociabilidade ao virtual. Por exemplo, é comum as pessoas preferirem jogar Colonizadores de Catan em tabuleiro do que jogá-lo de forma digital. Principalmente quando o jogo exige trocas ou dá a oportunidade de prejudicar alguém, muitos preferem olhar nos olhos do oponente e ver sua reação.
Colonizadores de Catan, um jogo com alto grau de sociabilidade |
Por outro lado, quando vemos os jogos digitais como forma de entretenimento individual, o mercado é muito forte. Se um jovem comum hoje tiver R$100,00 no bolso e tiver que escolher entre comprar o jogo de vídeo game do momento ou um jogo de tabuleiro, ele fatalmente escolherá o digital.
Vendo pelos olhos do fabricante, o amálgama dos dois mundos é muito vantajoso. Muitos títulos 100% analógicos estão sendo relançados em versão digital (Puerto Rico, Caylus, Dominion, Ticket to Ride). O fator logístico é muito simples no mundo dos downloads e sua marca/produto consegue chegar em muito mais pessoas por um custo extremamente baixo. Por outro lado, quando falamos de jogos digitais, não tem como não pensar na pirataria. Dificilmente você verá a venda um Puerto Rico pirata à venda (com preço competitivo). Porém, quem nunca viu um jogo digital pirata sendo vendido no meio das ruas que atire a primeira pedra (rsrs).
Caylus, agora em iOS. |
Vídeo sobre screenLess Arena com Mansions of Madness |
Assim sendo, acreditamos que os dois mundos continuarão coexistindo por muito tempo. Só que a partir de agora, a tecnologia também está proporcionando uma intersecção híbrida onde, com certeza, aparecerão muitos títulos interessantes no futuro.
Como bom mineiro, Wagner Rodrigues é viciado em pão de queijo. Respira jogos de tabuleiro, come tutu de dados com farinha de meeples no almoço e é um dos sócios da FunBox Ludolocadora, a primeira locadora de jogos de tabuleiro do país. |
Poxa, adorei a entrevista. Explorou o contraste entre os jogos digitais e os analógicos, o que é muito pouco comentado. Acredito tbm na coexistência de ambas as plataformas evoluindo juntas, até mesmo porque a história mostra que jogos, em geral, é um segmento que nunca teve decréscimo na escala evolutiva. Sem falar que há amantes fiéis de ambos os lados, sem falar que gamer que é gamer preza tanto o digital quanto o analógico ;)
ResponderExcluirValeu pelo apoio Leo! [ )]
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