terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Quem salvará a Hasbro?

Por Wagner Rodrigues

E segundo o The Wall Street Journal a produtora americana Hasbro está cada vez mais indo para o buraco.


O Natal americano é normalmente a época que mais se vende jogos de tabuleiro, mas parece que não está sendo para a empresa. No ano passado, ela teve uma queda de 15% nas vendas e desde então, está perdendo muito valor na bolsa de valores.

O problema, segundo especialistas é que a Hasbro tem sido muito lenta em se adaptar aos jogos digitais e tem negligenciado seu mais lucrativo produto: jogos de tabuleiro em detrimento a transformá-los em filmes e astros de TV.


Mesmo com sua estratégia de transformar jogos em filmes (como em Battleship), a Universal Pictures não teve interesse em filmar Monopoly e Clue. Mesmo assim, a empresa lançou recentemente o canal The Hub, onde colocou programas sob a temática de seus produtos, como Clue, e My Little Pony.


Enquanto isso, a Mattel e a Lego ganharam muito mercado com suas inovações. A Mattel, produtora do jogo de Angry Birds, aumentou sua fatia de mercado para 9%, e a Lego (com títulos como Creationary, Heroica) 2.5% em apenas 2 anos.


Falando de Mattel, ela faturou bem no Black Friday deste ano com o jogo de tabuleiro de Angry Birds. O produto foi o jogo de tabuleiro mais procurado no Google da época.


Segundo especialistas, os maiores problemas da empresa são causados por ela teimar em reinventar, reimaginar e relançar marcas clássicas ao invés de criar coisas novas.

Algumas tentativas tiveram sucesso como transformar Scrabble em um jogo de cartas portátil (Scrabble Slam). Por outro lado, outras iniciativas chegaram a ser até ridicularizadas como o computador em Monopoly que rola os dados, conta o dinheiro e garante que todos jogam de forma justa. Se o computador faz tudo isso, o que sobrou para o jogador fazer? Assistir a partida praticamente.

Monopoly Live satirizado no programa The Colbet Report

Enquanto a Hasbro não muda seu foco, que tal jogar Angry Birds aqui na FunBox?

Como bom mineiro, Wagner Rodrigues é viciado em pão de queijo. Respira jogos de tabuleiro, come tutu de dados com farinha de meeples no almoço e é um dos sócios da FunBox Ludolocadora, a primeira locadora de jogos de tabuleiro do país.

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