sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Análise: Arkham Horror

Por Ricardo Stávale


Esta versão do jogo de tabuleiro Arkham Horror foi publicada pela Fantasy Flight Games em 2005. É um jogo de 1 até 8 jogadores (3 a 5 é o recomendado). O jogo é ambientado na cidade fictícia de Arkham, Massachusetts, criada por H.P. Lovecraft em seus escritos sobre os Mitos de Cthulhu.

Arkham Horror foi o meu primeiro jogo de tabuleiro moderno. Fiquei alucinado com os muitos componentes do jogo, sua temática de horror e sua alta rejobabilidade.


O jogo possui uma excelente qualidade no tabuleiro e componentes, arte caprichada e excelente manual de regras.


Em Arkham Horror, uma terrível e poderosa criatura tirada dos contos de Lovecraft está acordando, causando a abertura de diversos portais dimensionais por toda a cidade. Os jogadores devem trabalhar de forma cooperativa para fechar todos os portais antes que o Grande Ancião acorde. Se o Grande Ancião derrotar todos os jogadores, a cidade de Arkham será destruída.


Um Grande Ancião é escolhido no início da partida (no jogo base existem 8 fichas de Anciões). Cada Ancião possui habilidades diferentes e vantagens e desvantagens diversificadas.


Acho muito interessante o sistema de jogo que manipula o cenário no decorrer da partida. As cartas de mythos são executadas uma vez por rodada e através delas os portais aparecem, bem como outras ações e efeitos que alteram o jogo caoticamente.


Os combates entre os personagens e os monstros são resolvidos com rolagem de dados em um sistema simples e de fácil assimilação.


Para enfrentar um monstro pelo tabuleiro, os investigadores precisam testar sua vontade contra a visão da criatura, para não perder sua sanidade. Este conceito de terror psicológico é transportado dos contos de Lovecraft para a mesa do jogo. Além de preservar sua sanidade, os jogadores precisam combater fisicamente as criaturas. Os personagens podem ser feridos e sua Resistência cair à zero, obrigando-os a se tratarem no Hospital. Aqueles personagens que perdem sua sanidade são tratados no Asilo Arkham (olha a origem do nome para a famosa prisão para malucos de Gotham City).


Para fechar um portal, o investigador precisa atravessá-lo e caminhar pelos Outros Mundos, sendo testado nas duas rodadas que permanece ali. Na volta para a cidade, o jogador pode fechar o portal utilizando testes de Conhecimento ou Luta. Só que fechar um portal pode não ser suficiente, pois ele será reaberto em qualquer momento do jogo.


O que vale para os jogadores é selar um portal. A diferença para o jogo entre selar e fechar, é que o selar exige cinco pistas gastas pelo jogador que está fazendo esta ação. As pistas são recolhidas pelo tabuleiro em localidades instáveis ou ganhas em testes espalhados nos Outros Mundos e encontros na cidade. Os jogadores ganham se conseguirem selar 5 portais, antes que o Grande Ancião acorde.


Se o Grande Ancião acordar, o jogo muda completamente. Esqueça o tabuleiro e a partir daí é só combate. Os jogadores não podem mais adquirir equipamentos ou magias e devem batalhar com o que tem no momento em que o Grande Ancião entrou no jogo.


Arkham Horror é um jogo cooperativo ao extremo, e os jogadores precisam trabalhar em equipe para vencê-lo.


As várias expansões acrescentam muito ao jogo, mas prepare-se: Arkham Horror exige uma mesa grande. Ele possui cartas diferentes para praticamente tudo no jogo e distribuir estes montes de cartas na mesa é uma tarefa “hercúlea”...rs


Este é um jogo indicado para aqueles que gostam do estilo cooperativo, e agrada jogadores veteranos e novatos, principalmente pela ambientação feita aos contos de Lovecraft.

Recomendo!



Arkham Horror
Nota
 Jogabilidade
8
 Ambientação
10
 Tabuleiro
10
 Componentes
8
 Diversão
8
 Nota
8,80

(fonte e imagens)

Ricardo Stávale é caiçara de Itanhaém, arquiteto de sistemas, baixista e pai sem manual de instrução. Verdadeiro fã de jogos de tabuleiro e RPG, atualmente é responsável pelo blog Redomanet.

Nenhum comentário:

Postar um comentário