quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Análise: Chaos in the Old World

Por Ricardo Stávale


Chaos in the Old World é um jogo de tabuleiro baseado no universo de Warhammer, em uma época conhecida como o Velho Mundo.

Cada jogador assume o papel de um dos quatro malignos e horríveis Poderes Destruidores que se esforçam para corromper, dominar e destruir o Velho Mundo:

- Khorne: ele não possui nenhuma sutileza. Ele não tem desejo pela beleza, e seu coração é negro, pois ele é o Deus do Sangue, o Senhor dos Crânios. Dentro de seu corpo imortal só há espaço para a raiva, e abater é seu único desejo.

- Nurgle: é o Grande Senhor da Decadência, que preside a corrupção física e a morbidade. Nurgle pode realmente ser chamado de o pai de todas as pestes, por sua estrutura imensa é a casa de todas as doenças conhecidas dos mortais.

- Tzeentch: é o Tecelão de Todos os Destinos e o arquiteto do destino do Universo. Ele tem grande prazer na trama e politicagem dos outros, e favorece a astúcia sobre o forte, a manipulação sobre a violência.

- Slaanesh: é o mestre das paixões cruéis e vícios ocultos e das terríveis tentações. É impossível para um mortal olhar para Slaanesh sem perder a sua alma, e todos os que olham Slaanesh se tornam escravos ao seu menor capricho.


Neste jogo onde os jogadores encarnam a essência dos deuses do caos, a primeira coisa que chama a atenção é o tabuleiro. E chama a atenção tanto para o lado positivo quanto para o lado negativo.


O tabuleiro possui as quatro Rodas do Caos, que dão um toque bem legal à ambientação. Estas rodas são giradas conforme o decorrer da partida e concedem habilidades e bônus para cada jogador.


O lado negativo do tabuleiro é o desenho do mapa. Não que ele seja feio, muito pelo contrário, dá a sensação de estarmos no Velho Mundo de Warhammer mesmo. Só que é um pouco confuso na delimitação das regiões. Às vezes, na partida, precisamos retirar algumas miniaturas do mapa para ter certeza onde elas estão.


As miniaturas são bem detalhadas, e cada Deus do Caos possui três grupos: Cultistas (que são iguais para todos, só mudando a cor), Guerreiros e Grandes Demônios (que possuem forma diferente de acordo com o aspecto de seu Deus).


Existem duas formas de cada jogador conseguir a vitória neste jogo: por pontos de vitória (PV) ou quando sua Roda do Caos girar até um ponto específico.


A mecânica envolve colocação de peças e administração de cartas. A estratégia está em colocar suas miniaturas e fichas de corrupção nas regiões para atingir a Supremacia (que dá pontos de vitória) ou cumprindo objetivos específicos de seu Deus (que gira a Roda do Caos).

Cada Deus possui um baralho específico de Cartas do Caos, que fornecem habilidades e eventos diferentes. São cartas extremamente fortes e úteis e devem ser jogadas em determinado momento de seu turno.

O controle do quanto cada jogador pode fazer em seu turno fica por conta dos Pontos de Poder. Convocar seguidores e jogar cartas do caos custa Pontos de Poder, e quando eles são zerados, o jogador não pode fazer mais nada no turno. Estes Pontos de Poder são recuperados no final do turno para serem utilizados no turno seguinte.



As Rodas do Caos permitem que os jogadores façam melhorias em suas unidades ou habilidades. São cinco tipos de melhorias e em uma partida o jogador consegue escolher até três delas.


O combate é realizado por rolagem de dados de seis lados de forma bem simples. Cinco e seis são considerados sucesso. Se tirar seis, este dado causa um dano e é rolado novamente. Com isto, não há limite de danos causado por uma simples unidade, desde que tire vários seis.

A jogabilidade muda de acordo com o Deus que o jogador escolhe para representar. Vai de habilidades ofensivas até controle de unidades inimigas.

Na primeira partida jogaram eu, o Joca e o Henrique. O Joca assumiu o deus Khorne, com seu aspecto mais agressivo. Eu joguei com Nurgle e suas doenças (não peguei o jeitão de jogar com ele). E o Henrique foi o vencedor jogando com Tzeentch, que possui um baralho poderosíssimo de Caos.


Chaos in the Old World só é jogado em 3 ou 4 participantes (a expansão eleva este número para 5 jogadores), e possui uma temática adulta, com regras simples mas que exige estratégia.

Altamente recomendado!

Chaos in the Old World


Nota
 Jogabilidade

9
 Ambientação

9
 Tabuleiro

9
 Componentes

9
 Diversão

9
 Nota

9,00

(fonte e imagens)

Ricardo Stávale é caiçara de Itanhaém, arquiteto de sistemas, baixista e pai sem manual de instrução. Verdadeiro fã de jogos de tabuleiro e RPG, atualmente é responsável pelo blog Redomanet.

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