sábado, 20 de outubro de 2012

Análise: Artefakt

Por Carlos Abrunhosa

Sinopse:
A descoberta acidental dos vestígios de um tesouro lendário composto por valiosos artefactos, transporta os jogadores de Artefakt num vertiginosa corrida ao tesouro protagonizada por aventureiros destemidos e arqueologistas audazes!

Como se joga:
Começa-se o jogo por distribuir as cartas e os personagens em madeira na cor de cada jogador e ainda um pequeno tabuleiro individual, em seguida baralham-se as fichas de localizações (10) e dispõe-se na mesa formando um circulo. No centro do círculo colocam-se as fichas com os fragmentos com a face voltada para baixo. Ao lado do tabuleiro colocam-se os dados. Define-se o jogador inicial e entrega-se-lhe o marcado de jogador inicial.

Viram-se as fichas de localizações números 1, 5, 6 e 8 para o lado onde se pode ver o texto, enquanto as restantes mantêm-se voltadas com o lado do nome da localização para cima (texto oculto).

Determina-se quem é o primeiro a jogar e esse jogador lança o dado de 10 (D10) para determinar o local onde tem de colocar uma das suas 3 personagens de seguida procede da mesma maneira com os outros 2 personagens, o que significa que cada jogador lança o dado três vezes. Depois do primeiro jogador é a vez do jogador que está à sua esquerda, continuando assim até todos os jogadores terem colocado as suas 3 personagens nos diferentes locais disponíveis.

O objetivo do jogo é conseguir ser o primeiro a descobrir um artefacto composto por 4 partes diferentes (4 fichas quadradas).

Cada rodada é composta por 5 fases:

1. Descoberta de novos fragmentos;
2. Preparação da expedição;
3. Viagem para os locais arqueológicos;
4. Aquisição de fragmentos;
5. Mudança de jogador inicial.
1. Descoberta de novos fragmentos

Nesta fase o primeiro jogador lança os dois dados (de cores e D10) quatro vezes. Em cada lançamento seleciona a ficha da cor indicada pelo dado de cores e coloca-a no locais com o número correspondente ao que sair no D10. Procede desta forma com os 4 lançamentos que faz e assim colocará 4 fragmentos em jogo.

2. Preparação da expedição

Nesta fase todos os jogadores jogam. Colocam 3 cartas no seu tabuleiro pessoal com a face oculta por cima das figuras das suas personagens (1 carta para personagem). A quarta carta que sobra coloca-se de lado e não se usa nessa ronda (mas estará de novo disponível nas seguintes).

As cartas indicam quantas casas se avança com a personagem (1 a 4) para a direita ou para a esquerda. O número movimentos tem de ser exato, isto é, se escolher a carta 4 para um personagem, ele terá de se mover exactamente 4 casas para a direita ou para a esquerda.

3. Viagem para os locais arqueológicos

O primeiro jogador começa por virar a sua primeira carta (carta mais à esquerda do seu tabuleiro) e move a figura que representa um homem gordo tantas casas quantas as indicadas pela sua carta. Pode optar pela direita ou pela esquerda. Em seguida todos os jogadores, começando pelo que estiver à sua esquerda fazem o mesmo.

Quando voltar a ser a vez do primeiro jogador, ele revela a segunda carta e procede como fez para a primeira, continuando pelo jogador à sua esquerda e assim sucessivamente até todos os jogadores terem movido os seus 3 personagens.

Pode haver mais que um personagem no mesmo local arqueológico!

4. Aquisição de fragmentos

Agora todos os jogadores vão reclamar os eventuais artefactos nos locais onde tiverem personagens suas. Começa-se pelo local um resolvendo-se eventuais disputas, e termina-se no local 10.

Um jogador que tenha uma ou mais personagens num determinado local pode reclamar as fichas que aí estiverem para si, colocando-as à sua frente sem que os outros saibam que fragmento contém. O jogador que conquista o fragmento pode vê-los quando quiser.

Se no local onde existe um ou mais fragmentos não houver personagens para o(s) reclamar, esses fragmentos ficam disponíveis para uma próxima ronda.

Se no local onde existe um ou mais fragmentos houver mais que uma personagem, os fragmentos são dados ao jogador que tiver mais personagens suas (maioria), no caso de estarem em igualdade, procede-se como se não houvesse personagem nenhum nesse local, isto é, os fragmentos não são dados a ninguém e ficam disponíveis para as rondas seguintes.

Logo a seguir a um jogador reclamar um ou mais fragmentos de um local, esse jogador pode usar a diretiva anunciada pelo respetivo local (texto da ficha – ver folha anexa às regras).

5. Mudança de jogador inicial

Se ninguém tiver ganho até à fase quatro executa-se a fase 5, que corresponde à entrega do marcador de primeiro jogador ao jogador que estiver à esquerda do atual primeiro jogador.

Fim do jogo

O fim do jogo acontece imediatamente a seguir a algum dos jogadores conseguir colecionar as quatro fichas que completem um artefacto (4 fichas diferentes). Não há lugar a mais nenhum movimento por parte de qualquer outro jogador.

Avaliação:

Artefakt é um jogo que quase ninguém conhece e efetivamente não é um jogo de arregalar as vistas. Tem alguns aspetos interessantes e puxa pela destresa tática dos jogadores, mas com a oferta que há no mercado este não é seguramente um jogo prioritário, no entanto jogam a seu favor o preço e o efeito “faço-te a folha logo que possa”, que agrada imenso a um público mais adolescente, por isso mesmo, este é um daqueles jogos quase sempre uso para introduzir jogos de tabuleiro junto de um público entre os 10 e os 13.

Resumindo, não estamos perante nenhuma pérola, mas se tiverem filhos em idade pré-adolescente/adolescente ou trabalharem com alunos nesta faixa etária, e conseguirem um bom preço (o preço novo já é bastante interessante) poderá ser uma boa aquisição.


Links:
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(fonte e imagens)

Carlos Abrunhosa reside em Aveiro, Portugal e é professor de profissão. Adora jogos de tabuleiro e para lá do JogoEu, é organizador de eventos como o Jigajoga e o RiaCON.

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