quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Análise: Tschak!

Por Carlos Abrunhosa


Sinopse:
Os jogadores lideram um grupo de aventureiros que procuram tesouros nos 3 pisos da masmorra! Em simultâneo cada jogador usa os seus aventureiros e procura ultrapassar o poder dos do adversário, ganham assim direito aos tesouros do respetivo andar da masmorra! O vencedor será o jogador que utilize os seus aventureiros da forma mais perspicaz!

Como se joga:
Coloca-se o tabuleiro que representa a masmorra no centro da mesa. Se estiverem menos de 4 jogadores em jogo usam-se os pequenos tabuleiros individuais (2 em jogos de 2 jogadores e 1 em jogos de 3 jogadores).

As moedas são postas por cima da masmora formando uma reserva geral. Da reserva tiram-se 6 moedas para formar 3 montes com 3, 2 e 1 moeda respetivamente.

Baralham-se as cartas de monstro e retiram-se do jogo duas delas sem se ver quais são. Forma-se um monte com a face oculta do lado esquerdo do tabuleiro, com essas cartas, e revelam-se três, colocando-se uma cada um dos pisos esquerdos da masmora. Procede-se de igual maneira com as cartas de tesouro mas estas são colocadas no lado direito da masmorra. Depois de distribuidas as cartas, cada piso da masmorra terá uma carta de monstro e outra de tesouro.

Em seguida baralham-se as cartas azuis de feitiçeiros e dá-se três cartas a cada jogador (em jogos com menos de 4 jogadores, colocam-se as três cartas em cada um dos mini tabuleiros usados!); depois faz-se o mesmo com as cartas verdes dos guerreiros e as vermelhas dos anões. Em seguida distribui-se uma carta cor de rosa de artefacto. No fim da distribuição cada jogador terá 10 cartas na mão (inclusivé os mini tabuleiros em jogo)!


Exemplo de uma partida de 3 jogadores.

Os jogadores jogam em simultâneo por isso todos escolhem começam por atacar o 1º piso da masmorra, para isso terão de jogar três cartas.

Depois de todos terem escolhido uma carta da mão, revelam-na em simultâneo, de seguida escolhem outra carta mão, mas tem de ser de cor diferente da(s) já jogada(s), ou seja, no final da 3ª carta revelada, cada jogador terá uma equipa de três heróis de diferentes raças (cores).

No segundo piso, os jogadores escolhem uma carta e revelam-na em simultâneo e depois escolhem duas e revelam-nas em simultâneo.

No terceiro piso os jogadores escolhem três cartas e revelam-nas em simultâneo.

No fim do primeiro, segundo e terceiro piso, há lugar a uma distribuição de monstros e tesouros. Os monstros são dados a quem tiver a equipa (três cartas reveladas) mais fraca e os tesouros são entregues a quem tiver a equipa mais forte, para verificar quem é mais forte e mais fraco, somam-se os valores das cartas.

No caso dos camaleões (cartas azuis com ponto de interrogação) o seu valor é sempre igual ao do feitiçeiro mais poderoso em jogo (entre os restantes jogadores), enquanto os artefactos, têm o poder de duplicar o valor da carta mais alta na equipa de quem a joga.

Antes de concluir uma ronda, os jogadores revelam a última carta que têm na mão. Quem tiver o herói de valor mais alto leva o monte das moedas mais valioso, o segundo leva o segundo monte mais valioso e finalmente o terceiro leva o monte que sobra (nos jogos a 2 só há lugar à distribuição das moedas pelo jogador com o herói mais valioso).

Prepara-se a nova ronda, procedendo exatamente como explicado no início do jogo, em seguida os jogadores passam as suas dez cartas de heróis para o vizinho da esquerda (os mini tabuleiros são considerados vizinhos).

Depois de todos os jogadores terem usado os quatro baralhos de heróis em jogo, ou seja, após quatro rondas, termina-se o jogo e contam-se pontos.

A contagem dos pontos faz-se da seguinte forma:

→ Somam-se os pontos positivos:

O valor total das moedas ganhas (1 moeda=1 ponto);
O valor total dos baús (há baús amaldiçoados!) (pode ir de -2 a 5 pontos por baú);
As combinações de anéis do poder (número de cartas de anéis ao quadrado, por exemplo 3 cartas x 3 = 9 pontos);
Se tiver a carta de troféu (dragão) ganha +2 pontos;
Se tiver a carta de elixir, pode anular uma carta de monstro.
→ Somam-se os pontos negativos:

O valor total das cartas de monstro (pode ir de 1 a 4 pontos por monstro)
As combinações de Trogloditas (número de trogloditas ao quadrado, por exemplo 4 cartas x 4 = 16 pontos);
Calcula-se a diferença entre os pontos positivos e os pontos negativos e o vencedor é o jogador com a pontuação mais alta!

Avaliação:
Tschak! não é um jogo para encher o olho nem para nos deixar com uma vontade insaciável de o jogar repetidamente. É interessante, está muito bem produzido, como aliás é obrigatório quando falamos da Gameworks, e para quem tem a “mania” do colecionismo, torna-se indispensável na coleção das caixinhas retangulares dos 10×20 da GameWorks (Jaipur, Sobek, Tschak!).

Embora se possa jogar Tschak! a 2 jogadores a configuração ideal é mesmo a 4. O facto de todos os jogadores jogarem com os baralhos em jogo (ao jeito de Land Unter), dá uma dimensão tática interessante às partidas, beneficiando seguramente jogadores com boa memória!

Em resumo, Tschak! pode não ser uma pérola, mas pelo seu preço é um jogo interessante para se jogar ao início de uma boa sessão de jogos ou para a terminar! É um pequeno jogo de cartas agradável, rápido e interativo que não cansa muito a jogar, pois não exige muito do cérebro. Os turnos sucedem-se a bom ritmo e a sua duração é a exata dentro do género (30 min.). Um jogo singelo que dispõe bem!


Links:
Site da GameWorks -> AQUI

Ficha BGG -> AQUI

Vídeo (inglês) -> AQUI

Comprar: Amazon.de -> AQUI

(fonte e imagens)

Carlos Abrunhosa reside em Aveiro, Portugal e é professor de profissão. Adora jogos de tabuleiro e para lá do JogoEu, é organizador de eventos como o Jigajoga e o RiaCON.

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