terça-feira, 16 de outubro de 2012

Análise: Raj

Por Carlos Abrunhosa


Sinopse:

Cada jogador tentará usar as suas cartas de maneira a colecionar as cartas mais valiosas (de ratos) procurando ao mesmo tempo evitar as mais negativas (abutres).

Como se joga:

No início do jogo cada jogador recebe um baralho de 15 cartas de uma determinada cor (1 ao 15). Entretanto prepara-se o baralho comum que contem 15 cartas – 10 de ratos (1-10) e 5 de abutres (-1 ao -5).

Depois de todos estarem prontos vira-se a carta do topo do baralho comum.

Conforme a carta que se revele os jogadores irão jogar à sua frente uma carta da sua mão sem revelar o seu valor. Depois de todos terem escolhido uma carta para jogar revelam-se todas em simultâneo.

Depois das cartas reveladas avaliam-se os seus valores. A carta mais alta ganha sempre as cartas de ratos (cartas de pontos positivos), a cartas de valor mais baixo ganha sempre as cartas de abutre (cartas de pontos negativos).

Quando há empates na carta mais elevada ou na mais baixa, a carta de rato/abutre é ganha pela carta imediatamente mais alta ou mais baixa em jogo respetivamente.

Quando não há hipótese de desempatar, porque todos jogam o mesmo valor, por exemplo, vira-se mais uma carta de rato/abutre e a disputa passa a ser pelas duas cartas em jogo. O vencedor dessa vaza encontra-se da mesma forma que nos turnos normais, no entanto, quando se encontram uma carta de rato e outra de abutre, subtrai-se uma pela outra e verifica-se se o resultado é positivo ou negativo. Se for positivo ganhará o jogador com a carta mais alta, se o resultado for negativo, ganhará o jogador com a carta mais baixa.

O jogo termina após ter sido jogada a 15ª carta. O vencedor é o jogador com a pontuação mais alta.

Avaliação:

Raj é um clássico. Basta esta pequena frase para dissipar qualquer dúvida sobre a valia deste jogo. É simple, é divertido e nunca passa de moda, embora o longínquo ano 1988 faça dele um “idoso” de 22 anos!

Certamente que não vos direi que Raj é um jogo de elevado coeficiente estratégico ou um concentrado de mecânicas nunca vistas, não é disso que se trata no fim de contas. Raj marca um paradigma no que toca à simplicidade de processos, é um jogo simples mas nunca será um simples jogo!

Alex Randolph consegue explicar-nos o mais profundo do seu pensamento criativo neste jogo, concretizando em Raj a sua conceção de que um jogo só é bom quando já não se consegue simplificar mais. Recomendado sem hesitações!


Links:
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(fonte e imagens)

Carlos Abrunhosa reside em Aveiro, Portugal e é professor de profissão. Adora jogos de tabuleiro e para lá do JogoEu, é organizador de eventos como o Jigajoga e o RiaCON.

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