quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Análise: No Gracias!

Por Carlos Abrunhosa


Sinopse:

No Gracias! é um jogo em que tentamos evitar ganhar cartas que se colocam na reserva pessoal, para isso cada jogador tem ao seu dispôr moedas. No entanto, como as moedas são limitadas é inevitável ter de ganhar algumas cartas mais cedo ou mais tarde, por isso, todos os jogadores vão procurar ganhar as cartas com o menor valor possível para no fim do jogo não terem a maior pontuação!

Como se joga:

No início do jogo baralham-se as 33 cartas (do 3 ao 35) e retiram-se 9 sem se ver. Essas 9 saem do jogo e com as restante 22 forma-se um baralho de fce oculta.

Entretanto distribuem-se 11 moedas a cada um dos jogadores, que as devem guardar secretamente na mão.

Define-se o jogador inicial que irá revelar a primeira carta do topo do baralho.

Em seguido o mesmo jogador inicial irá decidir se fica com essa carta para si ou se prefere pagar para passar.

Se decidir ficar com a carta, pega nela e coloca-a à sua frente, guardando as moedas que eventualmente a carta tenha sobre ela. Se já tiver alguma carta com um número imediatamente superior a essa, coloca a carta ganha à esquerda dessa, no caso de ter uma carta com um número imediatamente inferior à que acabou de ganhar, coloca-a à sua direita.

Por exemplo, se um jogador ganhou uma carta com o número 24 e já tem uma carta com o número 23, irá colocar o 24 à direita do seu 23, formando uma sequência. Duas cartas com números consecutivos são já uma sequência!

Se ao ganhar uma carta não tiver outra(s) para formar uma sequência, como anteriormente exemplificado, o jogador deixa-a sozinha à sua frente.

Se o jogador decide passar terá de colocar uma moeda, das que tem na mão, sobre a carta que rejeitou. Os jogadores podem rejeitar a mesma cartas quantas vezes o seu dinheiro permitir, isto é, se um jogador na sua vez tiver moedas na sua mão, pode optar por passar, no entanto, se na sua vez quiser passar mas não tiver dinheiro na mão, terá obrigatoriamente de ficar com a carta.

Quem ganha uma carta passa a ser o jogador inicial e vira a carta seguinte do topo do baralho, sendo também o primeiro a decidir se fica com essa carta ou se paga para passar.

O jogo termina quando a última carta for ganha por um dos jogadores. Em seguido procede-se à contagem final. Na contagem final, contam-se os pontos das cartas da reserva de cada jogador menos o dinheiro que ele tenha na mão. Se um jogador tiver uma ou mais sequências, isto é, vários números seguidos (p.ex.: 22, 23, 24,25) o jogador só conta os pontos da carta com o valor menor dessa sequência.

Por exemplo o Jonas tem as seguintes cartas no fim do jogo:


Como se pode ver ele tem uma sequência do 28 até ao 35 (daqui contabiliza 28 pontos negativos) mais uma sequência do 13 até ao 15 (daqui contabilizam-se 13 pontos negativos) e ainda uma carta sozinha que adicionam ainda 17 pontos negativos à pontuação do Jonas.

Ou seja, 28+13+17=58 pontos negativos, no entanto, o Jonas consegui arrecadar muitas moedas, 32 ao todo, por isso,

58-32 = 26 pontos negativos

O vencedor é o jogador com menos pontos negativos!

Avaliação:

No Gracias! é um jogo de cartas muito simples e que se joga em
pouquíssimo tempo, por isso enquadra-se perfeitamente entre dois jogos de maior duração ou numa noite de jogos em família e com amigos. É quase impossível jogar-se apenas uma partida dado que a sensação final é sempre a da desforra!

Não será nunca um jogo reconhecido pelo seu brilhantismo mas é sem dúvida um jogo que todos conhecem e que numa ou noutra ocasião já jogaram. Ninguém pode dizer que No Gracias! é um jogo mau bem pelo contrário, este pequeno jogo de cartas tem todos os condimentos necessários para sem um indispensável em qualquer ludoteca que pretenda ser ecléctica.

O jogo oferece uma relação preço/qualidade que o coloca imediatamente na prateleira dos recomendados!



Links: 
Site da Moarapiaf -> AQUI
Ficha BGG -> AQUI
Vídeo em espanhol -> AQUI

Imagem usada da autoria de James Fehr.

Comprar: Morapiaf -> AQUI

(fonte e imagens)

Carlos Abrunhosa reside em Aveiro, Portugal e é professor de profissão. Adora jogos de tabuleiro e para lá do JogoEu, é organizador de eventos como o Jigajoga e o RiaCON.

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