segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Análise: Battlestar Galactica Boardgame

Por Ricardo Stávale

Reunião da família para jogar Battlestar Galactica. Os participantes foram eu, Alexia, Marcelo, Nani, Leo e Ben10, atingindo a capacidade máxima do jogo de 6 pessoas.


O jogo ambienta os participantes no seriado Battlestar Galactica e consegue reproduzir as situações que os personagens da TV sofriam durante os episódios. Cada um joga com um personagem da série, divididos em 4 grupos: Líder Político, Líder Militar, Piloto e Suporte.

      

O jogo é cooperativo onde todos os participantes fazem parte da tripulação da espaçonave Battlestar Galactica. Como no seriado, a diversão do jogo é a ameaça cylon e um ou mais dos jogadores está infiltrado na nave para impedir que os humanos cheguem ao planeta Kobol e ganhem a partida. Os cylons conseguem se passar por humanos e causam intriga na nave, sabotando e dificultando as tarefas dos humanos.

      

No início da partida, todos os jogadores sorteiam cartas de lealdade e um deles já pode ter o conhecimento de que é um cylon. A interação entre os jogadores, acusando uns aos outros é muito legal e é o ponto forte do jogo.

      

Os cylons ganham se baixarem um dos níveis (Combustível, Moral, Alimentos e População) para zero. Ganham também se conseguirem infiltrar 4 centuriões dentro da nave ou se destruírem 6 compartimentos da Battlestar através de combates espaciais. Tudo isso antes dos humanos, através de saltos espaciais, chegaram até o planeta Kobol.


Toda rodada há uma eleição onde os jogadores precisam votar secretamente. Neste momento é que os cylons infiltrados podem complicar as missões. O cylon também pode se revelar antes que alguém desconfie e o coloque na prisão (por meio de votação também) e passa a jogar fora da Battlestar, com ações diretas para impedir o progresso dos humanos.


Na metade do caminho para Kobol, há uma nova escolha de cartas de lealdade. Um dos jogadores que até então pensava ser humano, descobre que na verdade é um cylon (isto acontecia no seriado, onde o cylon era programado para acreditar que era um humano e depois de ouvir um código, esta programação era desfeita e ele tomava consciência de que era um cylon).

      

Há ainda as posições de Presidente da nave (que ficou com o Marcelo) e Almirante (que ficou com a Nani). Estas posições são configuradas de acordo com os personagens sorteados para cada um. O Presidente possui cartas de Quorum que podem ajudar a nave, as eleições a seu favor e dão escolhas de cartas de evento. O Almirante possui o poder de disparar mísseis nucleares nas naves cylons e escolhe o tipo de salto espacial. Imagine se um destes for cylon infiltrado...


A explicação das regras demorou uma meia hora e o jogo levou 2 horas. No meio do jogo, enquanto meu irmão foi na cozinha, nós combinamos que eu iria levantar uma votação para passar a presidência para a Alexia. Fiz a votação, só que meu irmão começou a me acusar de ser cylon, e todos amarelaram. A votação foi uma furada e ele continuou como Presidente.


Em seguida, ele fez uma votação para me colocar na prisão, e adivinhem. Passei o resto do jogo na prisão.
Faltando dois espaços para o último salto, meu irmão se revelou cylon, já que com as votações internas ele não conseguiu nada. Achei que demorou muito para se revelar e quando isto aconteceu já não tinha mais tempo de jogar como cylon.


Os humanos conseguiram chegar ao planeta Kobol em segurança, faltando 1 ponto de combustível. Aí veio a dúvida do grupo... existiu outro cylon no jogo e ele não fez nada para ajudar o Marcelo? Na revelação das cartas de lealdade, descobrimos que o Ben10 era o outro cylon. E que ele ficou quieto possibilitando a vitória dos humanos.


Ótimo jogo de interação, de nível médio de complexidade. O mais legal é a dissimulação, intriga, política e o desenvolvimento da lábia e da diplomacia (perícias de RPG) dos participantes. Muito legal!

Battlestar Galactica Boardgame
Nota
 Jogabilidade
8
 Ambientação
10
 Tabuleiro
9
 Componentes
9
 Diversão
10
 Nota Redomanet
9,20

Recado para o Bruno: estes cylons são fracos demais!!!! rs...

(fonte)

Ricardo Stávale é caiçara de Itanhaém, arquiteto de sistemas, baixista e pai sem manual de instrução. Verdadeiro fã de jogos de tabuleiro e RPG, atualmente é responsável pelo blog Redomanet.

Um comentário:

  1. Foi bom ler um pouco a sua experiencia de jogo, o meu Bord Game chegou anteontem e só vou jogar amanha com uns amigos... Dizem que é bem difícil que os humanos vençam, veremos então se conseguirei essa proeza como vocês conseguiram

    Abraçoss

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